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 Na última sexta-feira (15) o deputado Augusto César visitou a redação do Farol e aproveitou para fazer uma avaliação dos movimentos políticos em Serra Talhada. Augusto falou sobre as eleições 2016, futuro do PTB, relação com os vereadores, Luciano Duque e até sobre a possibilidade de impeachment da presidente Dilma. Confira!

ENTREVISTA 

DEPUTADO ESTADUAL AUGUSTO CÉSAR

FAROL: Deputado Augusto César, seja bem-vindo a redação do FAROL para a primeira entrevista de 2016. Gostaria de começar perguntado se o PTB está vivo para as eleições de 2016?

AUGUSTO CÉSAR: Boa tarde, Giovanni e a todos os faroleiros de Serra Talhada. Quero dizer que o PTB sempre esteve em uma posição, hoje ainda em Serra Talhada, aguardando a decisões de todos os movimentos políticos. E com certeza, aguardando o momento certo para que a gente possa externar o sentimento que de fato nós deixamos no ar, em relação ao nosso posicionamento sobre o pleito de 2016.

FAROL: Há muito especulação ainda, com relação a uma postura sua com os vereadores Zé Raimundo e Agenor de Melo. São do PTB, mas estão na base do prefeito Luciano Duque. Como é que vai ficar essa relação política eleitoral a nível de líder de partido?

AUGUSTO CÉSAR: Nós tivemos uma conversa, inclusive uma conversa muito boa, não só com Agenor, com Zé Raimundo, mas também com Pinheiro. Os três vereadores de mandado do nosso partido. Nós tivemos a oportunidade e observar que toda essa movimentação que temos em Serra Talhada em relação às possíveis alianças, em relação às possíveis entendimentos partidários que envolvem o PTB, que se envolvem outros partidos dentro de uma aliança, inclusive o PR. Isso tem sido discutido dentro do nosso grupo político com muita tranquilidade. O sentimento que temos em relação aos nossos vereadores e a posição dos nossos vereadores em relação a esse possível entendimento com o PR, é que eles entendem que essa posição precisa ser muito bem entendida pela população, sobretudo com o PR.

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Porque nesse exato momento que nós conversamos, entendemos que há uma dificuldade muito grande dos vereadores que tachados de traidores, inclusive por Sebastião Oliveira, de incorporar uma aliança com o PR do deputado Sebastião Oliveira. Portanto, eu acho que o PTB tem a mesma sintonia que tem o presidente. Todas as dificuldades, todas as mazelas que teriam acontecido em pleitos anteriores, nós passamos uma esponja, como eu disse. Esse processo é um novo processo de 2016 e nós entendemos que esse processo vai ser, talvez, o que irá definir Serra Talhada em relação à tomada de posição do nosso partido.

FAROL: Ainda nesse assunto, eu já ouvi de um vereador de sua base que caso a aliança entre PT e PR seja fechada, que toda a base do PTB sairia do apoio de Duque e iria seguir a sua orientação. O senhor já ouviu isso desses vereadores?

AUGUSTO CÉSAR: Exatamente, nós já conversamos com todos os vereadores. Não só os vereadores têm essa posição como o presidente do partido Augusto César. O deputado Augusto César também comunga com os vereadores em grau, número e gênero em relação à postura deles, não há possibilidade alguma do PTB aliar-se com o PR. Isso é coisa que Serra Talhada já sabe, todo mundo já sabe e nenhum vereador externou que deixaria o partido. Até porque eu nunca forcei nenhum vereador permanecer no partido, mas eles sabem que a nossa coerência em relação ao futuro do nosso partido em 2016 tem sido analisada com muita cautela. Analisamos todos os prós e contras, eu conversei com vários presidentes de partidos, conversamos com o prefeito. Não tivemos nenhuma posição firmada em relação ao destino efetivamente firmado do nosso partido. Estamos esperando essa movimentação, que hoje incomoda.

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O PTB não incomoda em nada porque nós temos a nossa posição firmada. Mas incomodam talvez, os vereadores; incomodam segmentos de vereadores de outras legendas, são incomodados também por uma possível aliança PR com o PT. Não tenho nenhuma autoridade de falar em nome dos dois partidos. Mas o que nós entendemos é que quando se fala em aliança de PR com PT, nem o presidente do PR e nem o prefeito Luciano Duque desmente a possibilidade de uma aliança. Portanto, as especulações são grandes, mas a preocupação é maior daqueles que detém mandato. Eu conheço talvez uns oito vereadores de mandato que não abençoam essa aliança. Então, o prefeito vai ter que se posicionar, e eu acredito que o quanto antes, em relação a esse segmento chamado PR.

Na política de Serra Talhada, ao meu entender, não é nada de bom tamanho uma aliança do prefeito com o PR. Porque ele representa e tem uma responsabilidade muito grande no estado de Pernambuco de representar a maior cidade do PT. Isso tudo eu acho que é importante para que o prefeito possa fazer essa avaliação. Porque quando foi para ser candidato a prefeito de Serra Talhada, quem colocou nas mãos o apoio foram os deputados do PT, os senadores do PT, inclusive o Ministro Humberto Costa, na época. Todos eles vieram para dar apoio e fizeram de Luciano Duque exatamente o prefeito de Serra Talhada. Portanto, eu acho que isso depende muito do prefeito, depende muito do PR esse entendimento. Mas eu acho que o PT tem que ter muita cautela no entendimento, que eu tenho certeza que irá puxá-lo para baixo se fizer essa aliança com o PR.

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FAROL: Para finalizar, os analistas políticos preveem um ano de 2016 quente no Brasil, com relação a possibilidade de impeachment da presidenta Dilma. Eu queria saber a sua opinião sobre esse assunto, o senhor acredita que Dilma será derrotada pelo Congresso? As forças de oposição vão realmente conseguir emplacar o impeachment que está em curso?

AUGUSTO CÉSAR: Eu entendo, por exemplo, que qualquer alteração no Congresso, qualquer alteração no Executivo nacional, ele precisa passar primeiro pelo Legislativo. Eu não acredito que Dilma receba o impeachment sem antes ser cassado o presidente da Câmara. Eu acho que o Cunha tem prestado um desserviço a nação, esse deveria ser exatamente o primeiro a ser expurgado do meio político em função das posições dele. Em relação aos acordos, em relação aos entendimentos e em relação a toda a lama que é jogada e cima dele e ele procura sempre uma forma de sair pela tangente.

Onde está provado pela Polícia Federal, onde está provado pelas autoridades fiscais que o envolvimento dele é grande. Portanto, eu acho que qualquer atitude do Congresso em relação à presidente Dilma, tem que primeiro limpar o Congresso e se analisar ou não o impeachment da presidente Dilma. Eu não acredito nesse momento, eu posso até estar enganado, eu não sou dono da verdade. É uma opinião minha, pessoal, mas Dilma vai continuar a governar o Brasil.