O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), fechou o semestre com erros e acertos. Difícil identificar o que mais pesou na balança de resultados. Sem dúvidas, o instrumento do Orçamento Participativo (OP) foi a mais importante ação do governo até agora. Por outro lado, sobraram projetos e viagens, mas houve o esforço em ouvir a população.

Entretanto, pelo menos uma promessa que foi repetida várias vezes no palanque, a criação de um conselho político, não saiu do papel. Ninguém ousa tocar no assunto. O conselho, formado por membros da sociedade civil, seria um instrumento para ajudar o prefeito a dar rumos ao seu governo. Na prática, Luciano Duque governa quase de forma isolada. Escuta poucos. Por tabela, elegeu um pequeno grupo de “iluminados” que estão ora para bajular, ora para “fazer a cabeça do governo”.

A garantia do sucesso do Orçamento Participativo não deixa o governo mais popular. Ao contrário, pode até se tornar uma faca de dois gumes. As expectativas em torno das obras aprovadas em plenárias são muito grandes. Em um semestre, todas as ações concretas foram deixadas pelo ex-prefeito Carlos Evandro. A criação e posse de um conselho político poderia ajudar o prefeito a entender os recados das ruas. A manifestação ocorrida no último dia 21 de junho foi um termômetro de que promessa é para ser cumprida e não engavetada.