Imagine a cena: Luciano Duque (PT) dentro de um avião em queda livre e com apenas um paraquedas. Ao lado dele, a presidente Dilma Rousseff e o governador Eduardo Campos (PSB). Imaginou? Pois bem! Indagado como reagiria frente a essa situação hipotética, durante entrevista à Rádio Vila Bela nesta quinta-feira (20), o prefeito de Serra Talhada disse que preferia morrer abraçado com Campos, mas, antes disso, daria o paraquedas à presidente da República.

Sem esconder, mais uma vez, sua estranha admiração pelo líder estadual, Duque elogiou Eduardo durante a entrevista afirmando ser ele um cara “muito inteligente, preparado e que tem muito a oferecer ao país”. “Nessa hipótese, eu daria o paraquedas para a presidente Dilma e me abraçaria com o governador Eduardo Campos e pulava do avião junto com ele. Se morrêssemos, morreríamos abraçadinhos”, disse o prefeito Duque, em tom jocoso.

ANÁLISE

A situação em questão suscitada pela rádio foi hipotética. Entretanto, revela o perfil dúbio do prefeito Duque. Tentando sair de uma enrascada, ele acena, mais uma vez, que pretende mesmo continuar alinhado às trincheiras do PSB, com acenos e afagos, mesmo sendo um neo-petista  de carteirinha. Na verdade Duque quis dar uma de “Juquinha” – aquele menininho esperto que tem respostas para tudo. Mas política não se faz assim, como sabe-se.

É preciso peito para se tomar um lado. Luciano poderia ter escolhido uma saída honrosa, seguindo as fileiras do PT e deixando o PSB se esborrachar. Essa postura revela o quanto será complicado decifrar qual o candidato a deputado estadual ou federal que terá o apoio do neo-petista. Gonzaga Patriota? Fernando Ferro? Fernando Filho? E para Assembleia Legislativa: Manoel Santos? Carlos Evandro? A quem o prefeito vai entregar o seu paraquedas? Façam sua apostas!