Publicado às 06h50 desta terça-feira (22)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

Há dois dias fomos surpreendidos por uma postagem de um leitor bolsonarista, no Facebook, incomodado com o trabalho e a postura do Farol de Noticias, que acabou de completar 10 anos de história e de serviços prestados, principalmente, ao povo de Serra Talhada e região.

Incomodado com a notícia de 500 mil mortes no Brasil, pela Covid-19, o bolsonarista sapecou: ‘Tem que exterminar o Farol de Notícias de Serra Talhada, porque noticia tantas notícias falsas contra o governo’. Outras três postagens foram feitas, concluindo, segundo o leitor, que o Farol é uma vergonha.

Agora vamos nós. Em dez anos, aprovamos 432 mil comentários dos leitores, porque acreditamos que o Farol passou a ser uma caixa de ressonância da sociedade. Porém, debater com bolsonarista é algo complicado, mas prazeroso. Segundo o filósofo Emir Sader, ‘O bolsonarismo  é uma seita extremista que hospeda o pior do ser humano: o fanático religioso, o militar miliciano, o rico racista e violento e o pobre ignorante”. Bingo! Grande Emir!

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Curiosamente, os ataques que recebemos- não foi o primeiro e não será o último- reflete o comportamento agressivo e psicopata do Jair Bolsonaro. Ontem (segunda-feira), ele deu mais um chilique agredindo uma repórter gritando para ‘calar a boca’.

É isso que os bolsonaristas sonham e querem. Calar a imprensa livre e democrática. Semear o ódio e a divisão na sociedade. Destruir a natureza com o ‘boom’ dos agrotóxicos. E, neste momento de dor, fazer de conta que o Brasil é feito de cloroquina, e que não morreram 500 mil pessoas pela viés genocida do governo. Cá entre nós, exterminar o Farol seria tentar ‘calar a boca’ dos mais pobres. Dos que buscam este instrumento, dia a dia, porque sabem que serão ouvidos. Isso não vamos permitir, porque não estamos sozinhos. Vida longa ao Farol. Obrigado a todos!