Publicado às 06h09 deste sábado (10)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol de Notícias

O repórter Fabio Murakawa, do Valor Econômico, perguntou ao presidente Jair Bolsonaro se é possível “crescer com preservação” durante conversa com jornalistas nesta sexta-feira (9), em Brasília. Como resposta, Bolsonaro aconselhou ao repórter “comer menos e fazer cocô dia sim, dia não” para combater a poluição ambiental.

Cá entre nós, tem alguém, além dos bolsonaristas robotizados, que podem se orgulhar da postura de um chefe de Estado, que ao invés de propor e protagonizar um debate maduro sobre o meio ambiente, faz questão de apresentar asneiras aos invés de propostas? Será que Bolsonaro vai governar o Brasil, até 2022, da janela caótica do seu banheiro ou do seu ‘mundinho’ cheio de preconceitos, odiento e belicista?

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O mundo inteiro debate, com preocupação, o compasso acelerado do desmatamento da Amazônia, que somente em julho atingiu o patamar de quase 300%, porque o governo Bolsonaro abriu o seu banheiro de ideias, para fazer ‘merdas ambientais’, condenando o trabalho de fiscalização do Ibama, abrindo as fronteiras da floresta aos garimpeiros, ficando de quatro para o agronegócio, e ainda se achando no direito de rir e zombar de quem questiona.

O presidente Bolsonaro, que parece viver tomando doses cavalares de laxantes diárias, deveria se ‘entupir’ de verdades, quando abrisse a porta do seu banheiro fétido de preconceitos, e disparasse ‘cocôs de mentiras’, como se os brasileiros apreciassem o aroma das suas pérolas. Ninguém merece o que estamos passando. Nem mesmo os robôs do presidente. Que Deus tenha piedade de nós.