Publicado às 06h05 desta quarta-feira (25)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

Sem dúvidas nenhuma, nas últimas 24 horas, o assunto mais comentado nas redes sociais foi a revelação dos ‘gastos domésticos’ do governo Bolsonaro, em 2020.

Em levantamento realizado pelo núcleo de jornalismo do Metrópoles, com base no painel de compras, foi constatado um gasto de R$ 1,8 bilhão em compra de alimentos. Isso mesmo. R$ 1,8 bi! Um aumento de 20% com relação ao ano passado. Ah, mas você, bolsonarista, seguidor do ‘ídolo de pé de barro’ pode dizer: ‘Ora, mas o governo precisa comer’. Isso também é verdade. Mas o que ocorreu em 2020 foi uma ‘farra’ com o dinheiro público.

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Senão, vejamos, R$ 32,7 milhões em refrigerantes e pizzas, R$ 16,5 milhões em batata frita, R$ 14 milhões de molho inglês e outros, R$ 5 milhões de uva passa, e atentai bem: R$ 2,2 milhões com chicletes e R$ 15 6 milhões com Leite Moça, o preferido do presidente. Sem contar o gasto com sobremesas: R$ 123,2 milhões com sorvetes, picolés, frutas em calda, bolo confeitado, cenário de um aniversário por dia.

Talvez, tudo isso passasse despercebido, se o mito não tivesse anunciado que vai acabar com a merreca do auxílio emergencial, que ajudou muitas famílias no ano passado. Também, por outro lado, está sendo preparado um desmonte, gradual, do Bolsa Família, com a proposta de ‘modernizar’ o programa. Pura balela!

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O fato, é que o presidente de forma populista, posou, durante a campanha, comendo pão com leite moça numa mesa suja, mas esqueceu que, no governo, quem paga a conta é o povo. Tantos gastos desnecessários, que poderiam ser evitados, numa nação que é uma das piores em distribuição de renda no mundo. Ora, não sei porque reclamo, além de leite moça, o presidente entende muito bem de armas, milícias, agrotóxicos, queimadas, e por ai vai. Q