Está confirmado. Apesar de considerada 4º polo médico do estado, ter faculdade de medicina e mais de 80 mil habitantes, Serra Talhada levou mais outra “rasteira” e perdeu o IML (Instituto Médico Legal) para o município vizinho, de Salgueiro, cujo prefeito, Marcondes Libório (PSB), é aliado e correligionário do governador Eduardo Campos. A confirmação chegou ao FAROL por meio da assessoria do deputado estadual Augusto César (PTB). O petebista marcou audiência com o secretário de Defesa Social do Estado, Wilson Damázio, nesta quarta-feira (29), para tratar do assunto.

Em conversa com o FAROL, por telefone, o chefe de gabinete do parlamentar, Helmo Neves, detalhou a reunião. Segundo ele, Wilson Damázio garantiu que a região terá, sim, um IML, porém que, por uma decisão pessoal do governador, o equipamento será instalado no município de Salgueiro.”O deputado tentou argumentar que Serra seria o polo médico da região, com faculdade de Medicina que necessitará de IML, que Serra é município central entre Caruaru e Petrolina. Todavia, o secretário informou: é uma decisão de governo. Só o governador poderia mudar”.

Segundo Helmo Neves, o secretário ainda teria cogitado analisar um posto do IML na cidade, mas mantendo uma unidade central em Salgueiro. Visando alertar Eduardo Campos da necessidade de instalar um Instituto Médico na Capital do Xaxado, os serratalhadenses vêm se mobilizando há um mês, através de petição pública virtual (ASSINE AQUI). A ideia é entregar o documento nas mãos do governador. Por meio das redes sociais a população também começa a cobrar união efetiva da bancada de deputados e do poder municipal na questão, com o objetivo de sensibilizar Eduardo Campos.

DESCASO

A grita da sociedade de Serra Talhada por um IML cresceu após o assassinato do protético Paulo Marcos de Lima, no mês passado (leia aqui). O veículo do instituto demorou cerca de 10 horas para se deslocar de Caruaru até Serra Talhada e recolher o corpo do rapaz. O crime que vitimou “Paulinho”, como era mais conhecido, aconteceu por volta das 7h30. O IML chegou na casa da família depois da 17h. Por quase 10 horas, parentes e amigos amargaram a angústia de ver o corpo da vítima no chão, cravado de balas, amordaçado e sem qualquer   cuidado.