Na corrida contra o tempo para tentar agradar aos aliados e evitar a aprovação da proposta de orçamento impositivo, o governo empenhou, somente nesses primeiros dias de agosto, R$ 1,1 bilhão em emendas de parlamentares ao Orçamento da União de 2013, contra R$ 471,8 milhões empenhados em julho.

Mas a liberação dos empenhos continuou obedecendo à lógica da barganha política com o Congresso: os partidos aliados levaram a melhor sobre a oposição.

Segundo levantamento feito pelo DEM, dos R$ 2 bilhões autorizados para os partidos (emendas partidárias), foram empenhados este ano R$ 240,4 milhões, sendo R$ 200,9 milhões apenas nos primeiros dias de agosto. Desse total de R$ 240,4 milhões, o PT teve liberados R$ 65,1 milhões ano (R$ 57,6 milhões em agosto), ficando em primeiro lugar. Em seguida, vem o PMDB, com R$ 40,7 milhões empenhados em 2013 (R$ 33,1 milhões em agosto).

Na rabeira da lista, estão o DEM, com R$ 244 mil, apenas 0,2% do total apresentado pelo partido; e o PSDB, com R$ 71,7 mil (0,03% de sua cota). A proposta de orçamento impositivo obriga o governo a pagar as emendas individuais parlamentares de todos os partidos, no valor equivalente a 1% da receita corrente líquida, cerca de R$ 6,8 bilhões hoje.

( O Globo )