O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), apoiou a iniciativa do deputado João Campos (PSDB-GO) de retirar o projeto (PDC 234/11) que permite aos psicólogos realizar o “tratamento das homossexualidades”. Um dos principais defensores da proposta, Feliciano disse que a votação se tornou inviável neste momento.

“Eu vejo a retirada com bons olhos. O João [Campos] falou comigo antes disso. Neste momento, a votação se tornou inviável, porque a mídia maculou o projeto. A grande mídia, os ativistas, botaram um nome nele que não tem nada a ver [“cura gay”]. Quando se fala em cura, é como se a pessoa estivesse doente. Neste momento, o projeto iria ser usado como uma cortina de fumaça por todas as manifestações que estão ocorrendo no País. Acho que não era viável deixar que isso acontecesse”, disse o deputado.

Volta na próxima legislatura
Feliciano acredita, entretanto, que o tema poderá voltar a ser debatido na próxima legislatura, em 2015. “Se ele voltar na próxima legislatura, vai voltar com força total. E deve voltar com a bancada evangélica dobrada. Aí nós vamos ter mais tempo para argumentar sobre ele, porque esse projeto ajuda as pessoas. O projeto dá à pessoa que está sofrendo a oportunidade de buscar ajuda, e do profissional, de ajudá-lo. Hoje, do jeito que está, a pessoa não pode ser ajudada”, afirmou.

A assessoria da Mesa Diretora analisa a retirada do projeto, que já foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias. De acordo com o Regimento Interno da Câmara, somente o Plenário pode se pronunciar sobre a retirada de proposta que tem parecer favorável em comissão.

Da Agência Câmara Notícias