Publicado às 13h29 desta sexta-feira (18)

O cadeirante Laelson da Silva (foto), de 34 anos, procurou o Farol de Notícias, esta semana, para expor um protesto contra o que ele considerou uma “falta de respeito” com os pacientes que precisam do Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães (Hospam), em Serra Talhada.

Laelson mora no município vizinho de Flores e teve que se deslocar várias vezes até o Hospam para, segundo ele, se ver num jogo de “empurra-empurra” criado pela equipe médica e, no final das contas, não obter resultado algum.

O cadeirante conta que procurou o hospital para a retirada de um abcesso na região das nádegas.

“Fiquei cinco dias lá [no hospital]. E vim de Flores. Fui para o Hospam para fazer uma cirurgia simples, dois médicos foram me avaliar e eles falaram que não faziam essa cirurgia. Um hospital daquele tamanho, daquele porte? E eles se negarem a fazer? Cheguei lá, fiz a internação na quinta-feira passada (dia 10) e fiquei lá quinta, sexta, sábado e o domingo e vim embora na segunda-feira (14) porque ninguém resolveu absolutamente nada. Fiquei só tomando antibiótico. Aí peguei e assinei um termo de responsabilidade e vim embora para casa, porque eles queriam me transferir de hospital só para tomar medicamento e não para fazer a cirurgia. Os médicos olharam, avaliaram, concordaram que era preciso fazer a cirurgia, mas ficaram jogando um para o outro e ninguém fez nada”, lamentou o paciente.

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Laelson contou que vem convivendo com este problema desde março de 2018 e desde então tem tomado apenas antibióticos. Sua indicação para procurar o Hospam partiu de uma requisição da Secretaria Municipal de Flores.

“Eu gastei o que eu não tinha para vir a Serra Talhada, foram três viagens, e somando tudo acho que gastei em torno de R$ 400, gastei o que eu não tinha”, revelou Laelson, expondo a sua insatisfação:

“Os próprios médicos disseram que era caso de cirurgia, mas não fizeram nada. Então, eu vim embora porque se era para ficar só tomando antibióticos lá eu tomo antibióticos em casa. Eu como cadeirante achei isso uma falta de respeito com a gente que é paciente”.

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O OUTRO LADO

O Farol tentou entrar em contato com a direção do Hospam, por telefone, para comentar o caso, mas não conseguimos contato.