Fotos: Farol de Notícias/Celso Garcia

Publicação às 13h37 desta quinta-feira (12)

Mesmo com a implantação do sistema de câmeras de segurança na Praça de Alimentação da Lagoa Maria Timóteo, em Serra Talhada, anunciada pelo Secretário de Desenvolvimento e Turismo, Elysandro Nogueira, durante entrevista na TV Farol, para os comerciantes do local, não houve mudanças para melhoria, nem em questão de segurança, tampouco em movimentação e vendas. A reportagem do Farol esteve no espaço, às 11h desta quinta-feira (12), conversou com alguns empreendedores, que não quiseram se identificar, mas desabafaram sobre situação e o que deveria melhorar.

”Para mim aqui não mudou nada, não melhorou em nada. Segurança está a mesma coisa porque as câmeras em si não resolvem nada. Tem os guardas, mas às vezes estão aqui, às vezes não estão. As vendas estão pior, as câmeras não trazem clientes, pelo contrário, os clientes vêem, querem tomar uma dose no balcão e não pode por causa das câmeras, muitos querem só beber e sair, mas por causa das câmeras a gente não pode vender. Que segurança a câmera pode dar a pessoa? Se chegar alguém batendo em alguém, o que a câmera vai fazer? Nada!”, disse uma cozinheira, acrescentando:

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”Poderiam fazer alguma coisa para mais pessoas virem, retirar esses cachorros e gatos que têm aqui porque você coloca um prato na mesa, mal o cliente sai da mesa você tem que correr e pegar porque senão os gatos tomam de conta. Muitas vezes, enquanto o cliente vem pagar o gato sobe na mesa. Isso afasta os clientes, e tem meio mundo de cachorros, 10 ou 12 cachorros. As pessoas sentam na mesa, ficam não sei quantos gatos ao redor e nem todo mundo gosta, tem um que está toda despelando, quando o pessoal ver, se afasta”.

Assim como a primeira entrevistada, a segunda pessoa afirmou que não melhorou e também comentou sobre a situação com os animais de rua que circulam no pátio da Praça de Alimentação e acaba afastando os clientes. Segundo ela, já chegaram a reclamar, pedir que fossem retirados, mas tiveram como resposta que só podem levar para o Centro de Zoonoses se estiveram doentes. Além disso, a cozinheira sugeriu que coloquem uma policial feminina na praça e foi muito enfática quando especificou feminina.

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“Eu não achei nada de diferença, a polícia a gente só viu no dia que vieram colocar aquela antena. Eu não vou dizer que viu diferença porque não vi. Com as bandas na segunda-feira melhora o movimento para a gente porque está fraco, hoje só vendi 3 almoços porque o cliente ia passando e eu perguntei. O que podia melhorar era se tivesse uma polícia feminina, que está precisando é de uma feminina aqui dentro, era melhor para a gente, todo mundo sabe porque é que está precisando” sugeriu, acrescentando:

”Se estendesse o horário até 16h30 na segunda, sexta, sábado e domingo já ajudava a gente e retirasse os gatos e cachorros que tem aqui. Aqui parece um zoonoses. Aqui é 10, 30 gatos, e cachorro é o que tem, é muito gato, é muito cachorro e as pessoas estão deixando de comer aqui por causa disso. Um dia um gato pegou um garfo com a carne e saiu correndo, a carne estava espetada no garfo e ele saiu correndo com tudo”,

DROGAS PERSISTEM

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Apesar da segunda cozinheira ouvida pela reportagem enfatizar que precisa de uma policial feminina no local, preferiu não apontar o porquê dessa necessidade, no entanto, um empreendedor  durante a conversa abriu o jogo e revelou o motivo da sugestão da colega de trabalho. Trata-se do uso exacerbado de drogas no interior do banheiro, sem serem flagradas pelas câmeras de segurança, ao ponto de ”impedir” que os trabalhadores usem o banheiro.

”O banheiro das mulheres, tem hora que a gente não tem nem como entrar de tanta droga que as mulheres estão usando dentro do banheiro e não tem uma policial feminina para tomar de conta. Precisa e uma policial feminina, a gente tem que falar porque é verdade. É fila de mulher, tem hora que diz: tem que colocar uma fralda geriátrica em vocês porque não tem condições não”, pontuou.