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Familiares e amigos de Glauco Magalhães ainda esperam que a Justiça comum condene o PM Marcos Clébson

Fotos: Farol de Notícias / Manu Silva

Revolta. Esse é o sentimento que invadiu a casa da família de Glauco Magalhães, 19 anos, ao receber a notícia que o policial militar Marcos Clébson Pereira foi absolvido do processo de expulsão da corporação, numa ação aberta pela própria Polícia Militar. O FAROL nesta quarta-feira (29) publicou parte da decisão tomada pelo comando geral da PM, com sede em Recife, dando conta de que o soldado atirou em legítima defesa. Em conversa com o FAROL, familiares e amigos do jovem assassinado em fevereiro de 2014 disseram que apesar da esperança na PMPE ter morrido junto com seu filho, a certeza na Justiça comum continua viva. O soldado voltará ao trabalho enquanto aguarda julgamento.

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“Eu quero justiça, em Serra Talhada parece que não tem justiça para criminoso… Mas a justiça dele (Marcos Clébson) ainda vai chegar. Ele ainda pode ser condenado, eu espero, Deus é justo”, desabafou o pai de Glauco, Expedito Carlos de Magalhães, 53 anos, acreditando que o policial ainda será punido. Desde que se foi, os pais do garoto mantêm na sala de casa uma foto ampliada de Glauco na parede da sala, para tentar amenizar a dor da saudade.

“O enterro dele mostrou que ele tinha amigos e a gente vai lutar, se a justiça não fizer nada, a justiça de Deus fará”, ratificou Adriana Magalhães, 36 anos, prima do garoto assassinado. Os familiares voltaram a lembrar que Glauco estava desarmado quando recebeu dois tiros.

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Com os olhos marejados de lágrimas, a mãe de Glauco, Maria de Fátima da Silva, 53 anos, lamentou a saudade do filho e demonstrou indignação pela decisão do comando geral da Polícia Militar de Pernambuco. “Eu sou aposentada de um câncer de mama e para acabar de acertar mataram meu filho. E agora eu recebo essa notícia de quem matou está liberado para ficar na polícia. É muito triste. Será um bandido de farda. Meu filho levou os tiros pelas costas, é um policial covarde”, desabafou dona Fátima da Silva.

Restou à família apenas a saudade e a memória de Glauco Magalhães

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