“Ouvi muitos aplausos dos prefeitos. Cobrança quase nenhuma. Não podemos ser corporativistas. Falta cobrar mais”. Essa foi a avaliação do padre Luizinho Marques – representante da pastoral social da Igreja Católica na região – sobre o encontro de prefeitos do Cimpajeú (Consórcio de Integração dos Municípios do Pajeú) com o secretário de Agricultura do Estado, Ranilson Ramos. O evento ocorreu neste final de semana, em Afogados da Ingazeira, a 96 km de Serra Talhada, com o objetivo de discutir soluções para os impactos da estiagem nos municípios afetados.

No entanto, como relatou o pároco Luizinho Marques – que esteve no encontro e também é membro do Comitê da Seca na região – os gestores cobraram pouco e aplaudiram muito, se esquecendo de reivindicar do Governo do Estado soluções para diversos problemas. A reunião, conforme o religioso, não apresentou data, tempo e nem sequer metas. No final das contas, o encontro beirou o fiasco.

As obras da Adutora do Pajeú – anunciadas pelo governador em abril do ano passado e que está abandonada – poderiam ter entrado na pauta de reivindicações do Cimpajeú, como indicou o padre. “A Adutora do Pajeú não está pronta e nem corre um pingo d’água nela. A seca vem sempre. A população esta inquieta e numa situação muito difícil. O gado está morrendo, o homem do campo espera e sempre só ouve promessas”, criticou.

“Temos que ficar atentos, pois a indústria da seca está mais viva do que nunca. Espero que daqui a dois ou três meses não haja outra reunião dessa para anunciar medidas que não vieram”, advertiu Luizinho Marques.

FAROL com informações do blog de Nilljúnior