O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintest) de Serra Talhada, Sinézio Rodrigues (PT), disse que, caso o governo municipal não encontre um acordo satisfatório, uma ampla greve será deflagrada no município com poder até de contagiar outras categorias. Falando a uma emissora de rádio local, no início da manhã desta segunda-feira (22), o petista foi categórico ao afirmar que a greve não é um desejo da classe, mas poderá ser uma necessidade caso o prefeito Luciano Duque descumpra o acordo que fez com o sindicato.

O trato envolvia o pagamento retroativo do reajuste de 7,5% para todos os servidores da educação e o reajuste da gratificação para os professores que trabalham no colégio municipal Cônego Torres, em regime integral. “Mas se formos viver de fazer acordo e não cumprir, vamos viver perdendo tempo. Queremos chegar a um entendimento sem ter que entrar em greve. Mas se não houver, esse movimento terá grandes proporções e poderá até afetar outros setores”, avaliou Sinézio Rodrigues, em tom de ameaça.

Neste momento, os profissionais da educação de Serra Talhada realizam uma paralisação de advertência prevista para terminar só na próxima quarta-feira (24), com a retomada das aulas mediante um acordo satisfatório com o prefeito Duque. Nesta terça-feira (23) pela manhã, o Sintest fará mais uma assembleia extraordinária para decidir se interrompem as atividade por tempo indeterminado.

MAUS CONSELHEIROS

O presidente do Sintest comentou ainda que o prefeito Luciano está dando ouvidos a “certas pessoas” que não querem ver o bem da categoria de professores. “Tem uma parte  lá (na cúpula do governo), e que são as mesmas pessoas de sempre, aconselhando o prefeito para travar os avanços já alcançados pela categoria. Esse tipo de assessor não pode aconselhar prefeito nenhum. Agora, quando é pra aconselhar para o gestor fazer um gasto ainda maior do que faria investindo nos seus professores, mas que seja do interesse do prefeito, eles fazem”, disparou.