Publicado às 16h55 desta sexta (24)

Esta semana, a TV Farol conversou com a coordenadora da Clínica Escola de Psicologia da Facisst (Faculdade de Ciências da Saúde de Serra Talhada), Hélcia Sampaio, sobre a campanha do Setembro Amarelo, que busca uma maior consciencialização para a prevenção ao suicídio. Um dos dados importantes compartilhados pela profissional, durante o programa Falando Francamente, foi a identificação de um padrão preocupante, especialmente, entre adolescentes por conta da orientação sexual.

“Essa questão acabou surgindo como um fenômeno, vários casos surgiram na Clínica Escola, sobretudo de adolescentes aqui em Serra Talhada, na Clínica Escola, que buscam um serviço de uma queixa completamente diferente e, de repente, aparece essa demanda. Para nossa surpresa e a de vocês também, 100% dessas pessoas sempre tiveram ideação suicida a partir da descoberta da orientação [sexual] e 60% já fizeram tentativa de suicídio, isso é muito grave”, analisou Hélcia Sampaio. Ela complementa:

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“No cuidado pessoal, a gente vai acessando a essas questões que muitas vezes nem surgem como queixa, surgem como queixas como: ‘Ah, eu não estou aprendendo bem na escola’, coisas assim do nada. Quando a gente vai conversando, tentando entender, dando sentindo aquilo a gente vai encontrando demandas. A gente vai encontrando histórias que se cruzam no sistema, no sistema familiar, no sistema pessoal, social e aquilo vai dando sentido, inclusive, a você desistir da própria existência por não suportar essa orientação porque é diferente da orientação que a minha família escolheu para mim”.

CLÍNICA ESCOLA

“Na Clínica Escola, também somos laboratórios e nesse laboratórios fazemos pesquisas e dentre essas pesquisas, surgiu algumas questões interessantes relacionadas, por exemplo, a sexualidade. Às vezes existe incompatibilidade entre a orientação sexual da pessoa e a orientação sexual que a família escolheu para a pessoa e dentro dessa incompatibilidade vai gerar, nesta pessoa que muitas vezes nem comunicou a família uma série de desconfortos e que estão ali encarcerados, não são comunicados às vezes a ninguém, nem mesmo a própria pessoa”, frisou Hélcia Sampaio.

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