A Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST) aprovou por 6 votos a 3 o Projeto de Lei 026/2012, de autoria do Governo, autorizando parcelamento do débito da prefeitura para com o Instituto de Previdência Própria (IPPST). Em duas votações, realizadas na noite dessa segunda-feira (17), cerca de R$ 4 milhões serão pagos em 60 meses pelo futuro governo par quitar a dívida. O débito é referente a 13 meses de aporte atrasado por parte do poder municipal. Foram contra o parcelamento os vereadores Márcio Oliveira (PTN), Penhinha de Tião (PR) e Gilson Pereira (PSD).

A maioria que votou pela aprovação do PL 026/2012 não economizou críticas ao prefeito Carlos Evandro. “Eu vou votar para garantir o pagamento do servidor que não tem culpa disso tudo. Quem tem que ser responsabilizado pelos seus atos é o gestor mas quem deve é o município”, disse o vereador Zé Raimundo Filho (PTB), justificando o seu voto. Ele detalhou que o ex-prefeito Geni Pereira (PSB) também fez um parcelamento de mais de R$ 600 mil.

Já o petista Zé Pereira foi mais incisivo, afirmando que uma previdência municipal é sinônimo de “dor de cabeça”, porque “não presta”. “Chegamos agora a essa situação, que se tornou uma irresponsabilidade do gestor, pois ele tinha a obrigação de repassar os recursos e não repassou e acabou dando nisso”, reforçou Pereira. No final da sessão, alguns parlamentares debateram a possibilidade de ingressar com uma queixa-crime contra o prefeito Carlos Evandro.

Na última sessão ordinária de 2012, a Câmara de Vereadores quase ficou lotada para acompanhar a votação do projeto que parcelou os débitos com a Previdência Própria em até 60 meses.