Por Cassildo, leitor e colunista do FAROL

“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.” Bertolt Brecht

Senhores faroleiros, quero, na minha humilde posição, elogiá-los por participarem aqui diariamente do debate político da nossa cidade. Cada um a  seu modo, com sua capacidade e suas limitações, defende democraticamente seu ponto de vista e dá sua opinião, ao contrário da grande maioria que nem quer tomar conhecimento. É por causa dessa maioria silenciosa e omissa, desses analfabetos políticos, que padecemos os horrores políticos da incompetência e da corrupção.

O Farol de Notícias é um excelente canal que os Giovannis nos concederam através desse fenômeno da  modernidade chamado internet. Por este meio, suponho e espero, haveremos de prosperar politicamente e diminuir a imensa multidão de analfabetos políticos de nossa sociedade.

“De tanto ver triunfarem as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.” Rui Barbosa

Essa reflexão de Rui Barbosa retrata bem o estado de desânimo em que se encontrava nossa sociedade, já na época dele, com a política de então. De lá para cá, não melhorou muito, mas não podemos desistir. Para chegarmos a um nível de sociedade decente, é preciso que os analfabetos políticos se alfabetizem politicamente. Se desistirmos da luta por uma sociedade melhor, aí que não chegaremos lá nunca.

Se abandonarmos o queijo, aí é que os ratos farão a festa.