Publicado às 05h40 desta sexta-feira (4)

A reportagem do Farol de Notícias foi às ruas de Serra Talhada para saber dos comerciantes e vendedores como receberam a notícia do decreto governamental 50.778 (relembre aqui), que determina fechamento a partir do próximo sábado (5).

As opiniões ficaram divididas, alguns estão pensando na saúde em primeiro lugar, outros se sentem muito prejudicados e cobram investimento em fiscalização no lugar de fechar o comércio.

FALA POVO SOBRE O DECRETO 50.778

Iran Ferreira, 32 anos, gerente de vendas.

“Para o comércio vai ser um impacto muito grande, a gente sabe que se fosse resolver essa questão de lockdown, teria resolvido ano passado. Prejudica principalmente a classe mais baixa, eu não concordo com o decreto. O comércio está precisando movimentar, se fosse um consenso de todo mundo, nem precisaria estar fechando como está, não estão pensando no próximo e isto está afetando todo mundo, em Garanhuns a gente viu isso, não resolveu, não vai ser diferente aqui no sertão”.

Geraldo Lino (Geraldo do Alumínio), 77 anos, empresário.

“A gente tem que acompanhar as normas do governo, mas que a gente se prejudica, a gente se prejudica naturalmente. O comércio está fraco, o que é que eu posso fazer? Tentar obedecer as ordens dos homens. Não está vendendo essas coisas todas, mas de qualquer maneira serve, tudo que entra serve, em um período crítico que nós estamos. Eu só concordo por conta do decreto, por mim mesmo se pudesse estar aberto, iria estar. Eu acho que o comércio não é tão prejudicial a pandemia, acho pior o transporte coletivo, os bancos, os supermercados que são todos lotados, é o que eu acho”.

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Evandra Kehrle, 53 anos, empresária.

“Para conter a pandemia eu acho o decreto válido sim, eu acredito que um sábado a mais, um sábado a menos não vai fazer diferença para a gente. Dos males, o menor, é melhor que tenha o lockdown em um final de semana ou dois finais de semana do que fechar nos dias normais, com os bancos abertos, com loterias abertas”.

 

 

Emanuel Rodrigues, 59 anos, advogado.

“É tarde a medida de isolamento, uma vez que já se encontra em curso em todo o Brasil vacinação . Então no início não houve esse isolamento tão veemente, por que agora que já tem a vacina em curso? É permanecer com os cuidados, que a Organização Mundial de Saúde determina e cada cidadão se conscientizar de sua responsabilidade, não sacrificar cada vez mais a economia do país diante de uma coisa que está sendo tomado as devidas precauções, não é mais necessário esse isolamento no andamento que está o controle dessa pandemia. O comércio é prejudicado sim e pouco resultado trará, principalmente na nossa região do sertão, eu não digo tanto o agreste, Recife, mas aqui na nossa região não tem fundamento, inclusive com a vacinação prevista para o nosso município liberando para praticamente todas a faixas etárias, agora mesmo tem notícia que já tem vacina para os 50 anos”.

Erasmo Vicente, 77 anos, empresário.

“Por um lado é o seguinte, fechando o sábado o pessoal vai se juntar para ir beber cachaça e a tendência é complicar ainda mais a situação, porque se o pessoal tivesse uma disciplina para ficar em casa, junto com suas famílias, cuidar de suas obrigações, tudo bem , agora tem muita gente que vai aproveitar o feriado prolongado para fazer festa. Para nós comerciantes é ruim, porque estamos perdendo mais um dia de trabalho e o futuro é faltar dinheiro até para pagar os funcionários. Se o pessoal não se aglomerasse, a gente perde um dia na semana, se for para ajudar na saúde do povo eu estou de acordo, porque o pensamento do governo é para evitar morte e dá saúde ao povo, se o povo realmente obedecer o critério do governo, tudo bem, a gente perde um dia na semana, mas a gente ganha vendo a saúde do povo”.

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Jakeline Alves, 29 anos, vendedora.

“Eu acho que não vai adiantar quase nada porque as lojas vão sim permanecer com as portas fechadas, mas  movimentação da rua vai continuar a mesma, por conta que vai ter o delivery e os clientes vão poder pegar na porta”.

 

 

 

Maria José, 47 anos, vendedora.

“Eu acho bom, porque assim pelo menos está diminuindo os casos da covid, eu sou de acordo. Não acho que prejudica em relação ao comércio porque justamente só é aberto até o meio dia, só no sábado não tem problema, a gente não se prejudica com isso, melhor pensar na questão da saúde”.

 

 

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Silvio Fortunato, 49 anos, empresário.

“É complicado, como já estamos sofrendo com o comércio e passar dois finais de semana fechado é péssimo, porque geralmente no sábado tem movimento nas lojas e no dia 12 será dia dos namorados, é um dia que a gente tem uma venda boa e o comércio já está tão parado. Vai ser ruim para todos os comerciantes, loja de roupa, loja de sapato, todos prejudicados e todas tem os cuidados nas lojas”.

 

Ednaldo de Melo, 44 anos, empresário.

“Se fosse para deixar de vender bebida, para o pessoal deixar de beber em chácara, porque hoje o que está acontecendo com o comércio, mas o pessoal está em casa fazendo as festas, fazendo as aglomerações sem máscara, sem os protocolos. A vigilância sanitária está sabendo de tudo isso aí e não está fiscalizando as chácaras e não está fiscalizando quem está vendendo as bebidas e o problema das bebidas e das festinhas está todo mundo andando nas festas sem máscaras, o comércio não pode pagar esse preço, agora se deixasse de vender bebida e cobrar de quem está fazendo as aglomerações  era outra coisa. Olhe o comércio, não está lotado, infelizmente em bancos lotam e não está tendo uma fiscalização. É preciso uma fiscalização honesta para ver que o comércio é quem está pagando o preço”.