Projeto de autoria do deputado Newton Lima (PT-SP) que libera a publicação de livros biográficos sem autorização do biografado ou de seus familiares foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. Caso se transforme em lei, o que ainda dependerá do plenário e, depois, do Senado, ficarão liberados para comercialização livros como “Lampião – O Mata Sete” de Pedro de Morais e “Roberto Carlos em Detalhes” de Paulo César de Araújo, entre outros.

Neste livro, o autor garante que Lampião era “gay” e que Maria Bonita o traía. Isso levou o juiz Aldo de Albuquerque Mello, da 7ª vara Cível de Aracaju (SE), a proibir o seu lançamento sem autorização dos familiares do “rei do cangaço”. A ação foi interposta por Expedita Ferreira Nunes, filha do casal.

Ao justificar a publicação da obra, o autor Pedro de Moraes afirma que o seu objetivo é demonstrar que “o cangaceiro Lampião não era justiceiro, não era general, não era estrategista, nem tático, e sim um covarde, um homem mal, violento, quase sempre a serviço dos poderosos e nunca um defensor dos fracos e oprimidos”.

O juiz afirmou em sua liminar que, para provar a tese de que Lampião era um homem covarde e violento, o autor não precisava imputar-lhe a pecha de “homossexual” nem de “marido traído”.

Do Blog de Inaldo Sampaio