Fotos: Farol de Notícias / Celso García

Publicado às 10h10 deste sábado (19)

Após ouvir a opinião de alguns dos proprietários de panificadoras de Serra Talhada sobre o aumento do preço do pão, o Farol de Notícias partiu para o centro comercial da cidade, na hora do pãozinho quente da tarde.

O hábito de muitos serra-talhadenses do cafezinho com pão quente será afetado pelo aumento de pelo menos R$ 0,20 centavos na unidade do produto. Algumas padarias tradicionais da cidade já estavam com o movimento fraco no final da tarde.

A nossa reportagem perguntou a alguns consumidores: como o aumento do valor do pão está afetando a mesa do serra-talhadense?

FALA POVO – PREÇO DO PÃO

De acordo com a moradora da zona rural da cidade, Maria, de 41 anos, o que complica no fim do mês são todos os gastos que os trabalhadores tem que arcar com contas, vestuário e alimentação.

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“Não foi só o pão, não né? Foi tudo que subiu, isso é um absurdo. Muito caro um pão por R$ 0,70 centavos. É um absurdo, acabei de comprar com aumento e não consegui comprar a mesma quantidade que comprava antes. Para a janta de hoje dá porque são só quatro pessoas, mas não dá para muito tempo”, declarou a serra-talhadense.

A contadora Janicleia Lopes, 33 anos, estava falando dentro da padaria com as atendentes, momentos antes da entrevista, que se recorda quando o pão custava apenas R$ 0,10 centavos.

“Eu vivi para ver isso, um pão a R$ 0,70 centavos. Eu lembro de quando o pão era R$ 0,10 centavos. Acho que você lembra também, não faz muito tempo. Então, até o pão está muito caro. Mas é tudo, e como um aumento leva a outro, não tem como não subir o preço de tudo. Está um absurdo, terão pessoas que não vão mais conseguir comprar pão”, analisou a contadora.

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Francileide Lopes, 44 anos, é auxiliar de serviços gerais, e moradora do Centro, que mora sozinha e tem o costume de comprar diariamente R$ 2,00 de pão. Nessa sexta (18), a cliente saiu com apenas três pães na sacola.

“Claro que não, não consegui comprar a mesma quantidade de pães que comprava antes. Está um absurdo tudo agora. Está tudo caro agora, mas sobre alimentos, é tudo. Tenho que gastar muito mais, o consumo está muito maior, se formos comprar como antes não dá, então terminamos gastando mais. Compro pão todos os dias, R$ 2,00 e agora são só três pães”, lamentou a consumidora.

O servidor público, Renato Godoy, 39 anos, afirmou que compra pão para sua família pelo menos três vezes por semana, cerca de R$ 4,00 a R$ 5,00. Segundo ele, manterá o consumo de pão, mas sempre de olho nas finanças e impostos dos produtos.

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“Por enquanto, ainda não senti atingir de forma dramática, mas a diferença vamos sentir daqui há alguns dias. Na própria padaria tem um lembrete que a partir do dia 17, no caso, ontem, teria esse aumento para R$ 0,70. A questão do trigo, o país não é auto subsistente e tem que importar. Com os valores equiparados ao dólar vai atingir o país, principalmente, no consumidor final. No preço dos produtos e nos salários. O aumento dos preços e os salários estão abaixo. Por enquanto, eu vou mantendo o mesmo consumo de pão. Por enquanto”, analisou o Godoy.