Reconhecido no cenário mundial e nacional como um jogo mental em que a estratégia e o pensamento são fatores fundamentais para o sucesso, o poker vem cativando cada vez mais os brasileiros, e isso não é exceção em Pernambuco. Com o avanço gradativo da popularidade no país, a projeção é boa para os próximos anos.

Após ganhar a aprovação oficial do Ministério do Esporte em 2012, várias federações brasileiras começaram a surgir em diversos estados do Brasil, e em Pernambuco isso também aconteceu.

O poker em Pernambucano teve sua ascensão grande a partir de 2013, quando foi criada a Federação Pernambucana de Texas Hold’em (FEPETH), que atualmente tem 1.500 filiados. O nome da federação representa a modalidade mais popular deste esporte, muito comum nas principais transmissões de TV.

O crescimento desse esporte em Pernambuco é notório nos números. Neste ano, o campeonato estadual teve a sua segunda edição realizada, e com cinco etapas distribuídas. No total, a competição destinou RS$ 265 mil em premiação, e 800 jogadores participaram dos jogos.

Com 1.500 inscritos na FEPETH, o presidente da federação, Eloy Vasconcelos, está empolgado com as projeções para o novo ano. “A expectativa é que a gente dobre esse número, e que o poker continue crescendo”, comenta o líder de Pernambuco na modalidade.

Para Eloy, ele considera o campeonato pernambucano como um dos principais do nordeste. Em entrevista ao site JC Online, o presidente conta que atualmente existem oito clubes filiados à FETEPH, sendo quatro no interior e quatro na capital Recife.

Apaixonado pelo poker, Eloy deixou a profissão na mineração para se dedicar a esse esporte, e atualmente administra a Villa Hold’em (Av. Eng. Domingos Ferreira, 2361, Boa Viagem). Com 12 mesas e uma estrutura diferenciada, o clube, sediado em Recife, organiza torneios frequentemente.

No Recife, o poker não está presente apenas em clubes destinados ao jogo. O estabelecimento Confraria da Barba resolveu adotar o esporte como uma opção de entretenimento e um jeito criativo de chamar novos clientes.

“A gente queria abrir uma barbearia que, além dos serviços de cabelo e de barba, tivesse outras coisas para agregar. Sabendo que o poker já estava começando a ter uma busca grande em Recife, a gente sabia que aqui, implantando (essa novidade) seria bem aceito”, comenta Eduardo Maia, sócio da Confraria da Barba.

Além da Villa Hold’em e da Confraria da Barba, o cidadão de Recife tem outros lugares para praticar o esporte, como Borba Poker (Rua Padre Miguelino, 64, Torreão), Nuts Poker Club (Rua Amélia, 514, Graças) e o R10 Poker Club (Antônio de Goes, 62, Pina).

No interior, as cidades de Petrolina (Associação Petrolinense Texas Hold’em e Alpha Poker Clube), Santa Cruz do Capibaribe (Naipe Poker Clube) e Vitória de Santo Antão (Vitória Poker Clube) possuem casas para jogar.

O sucesso de popularidade do poker pernambucano é reflexo do que vem acontecendo no Brasil. Em 2016, o campeonato nacional atingiu a média recorde de 1.450 inscritos por etapa, uma evolução de mais de 800 jogadores de diferença se comparado a 2012.

2017 promete muitas boas novidades e crescimento contínuo

A ascensão do campeonato regional e estabelecimentos para a prática do poker é um sinal positivo. “2017 vai ser o grande ano do poker pernambucano, ainda mais que 2016. O Brasil, hoje, é a segunda maior potência do mundo, só perde para os Estados Unidos.

Nós temos o segundo maior campeonato realizado no mundo, que é o BSOP Millions, realizado em dezembro. Eu não vejo como a gente não cresça absurdamente”, comenta Eloy.

Em menos de quatro anos de existência, a FETEPH já conseguiu juntar 1.500 participantes com expectativa para chegar a 3.000 no fim deste ano. Junto com o aumento de praticantes, premiações e diversos lugares para jogar, o potencial desse esporte em Pernambuco é evidente para o presente e o futuro.