Publicado às 05h12  desta quarta-feira (16)

Nessa segunda-feira (14), Dayane Cristine Laurindo Campos, 30 anos, moradora do bairro Vila Bela, em Serra Talhada, entrou em contato com o Farol para fazer uma denúncia contra o Hospital Regional Agamenon Magalhães (Hospam). Segundo Dayane, no mês de outubro, sua filha Larissa Emanuela Melo, 2 anos, colocou uma pilha no nariz e se reclamava de muita dor. Até buscar o hospital, a família não sabia do que se tratava o objeto. Dayane levou Larissa para o Hospam, mas ao chegar lá, duas médicas atenderam e disseram que não era nada.

A mãe insistia para que fosse feito um Raio-X. Mas as médicas falaram que não seria necessário. “Depois me mandaram para casa, minha filha não conseguia dormir de dor e estava sangrando muito, começou a apresentar febre, como persistiu retornei para o hospital. Chegando lá, a médica não examinou minha filha, só perguntou o que ela estava sentindo, quando eu disse que apresentava febre ela disse que era para ir para a ala da covid-19”, contou a mãe, indignada.

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“Mas ela não teve febre até o acontecimento, mesmo assim fui na ala da Covid e lá a médica disse que não tinha indicativo de covid-19 e encaminhou minha filha de volta para a pediatria”, relatou Dayane. Após ser ‘jogada’ de um setor para outro, a mãe sentiu-se constrangida por diversas vezes durante os atendimentos.

TRATADA COMO PACIENTE COVID

“Depois que retornei para a pediatria, a médica mais uma vez nem chegou perto da minha filha, as enfermeiras não queriam chegar perto dela, falavam ‘a menina que veio da ala da covid-19’. Apenas uma enfermeira quis atender e eu ajudei ela para fazer os procedimentos, pois a médica passou soro e dipirona por conta da febre. Insisti pelo Raio-X e a médica falou que o que ela tinha colocado no nariz provavelmente já tinha sido ingerido e o exame não ia adiantar”, relembrou Dayane Campos. A pequena Larissa ainda reclamava de dores e de dificuldade para respirar, mesmo assim recebeu alta novamente.

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Na ocasião, e de novo, Dayane disse que pediu para que fosse feito um Raio-X na sua filha, que lhe foi negado. “Daí, quando saiu o resultado dos exames de sangue, a médica me chamou e falou que ela não tinha infecção e os exames estavam todos normais, mas que ia passar um soro e antibiótico, pois como no dia anterior tinha mexido no nariz dela, podia ser esse o motivo da febre e do sangramento. Tive a liberação, fui para casa, comprei os remédios que ela passou e toda vez que eu colocava o soro na narina obstruída, minha filha gritava de dor como se estivesse machucando. Eu perguntava a ela o que tinha colocado e ela dizia que era um chip”, contou.

CRIANÇA FICOU 2 MESES COM A PILHA NO CORPO

Só agora em dezembro, depois de todo sofrimento, a pequena Larissa colocou o objeto para fora, foi quando detectaram que era uma pilha. A menina ficou com os olhos inchados e com uma secreção escura. A mãe observou que a pilha era daquelas redondinhas, pequenas. Dayane espera que não haja nenhuma sequela. Caso isso ocorra pode responsabilizar o Hospam. “Isso tudo ocorreu em outubro, quando foi no último sábado agora (12) ela acordou com os olhos inchados, dei uma maçã para ela e comer e ela se engasgou, no que ela forçou caiu o negócio preto no chão, quando olhei era a pilha, ficou saindo uma secreção preta do nariz dela”, disse Dayane.

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O OUTRO LADO

A equipe do Farol entrou em contato com o diretor do Hospam, João Antônio. Ele falou que vai averiguar o caso e fica à disposição da família.

ABAIXO O OBJETO QUE ESTAVA PRESO NO NARIZ DA PEQUENA LARISSA

Imagem enviada pela família