Quem pensou que a Adutora do Pajeú iria “salvar” Serra Talhada da crise hídrica se enganou. A Compesa (Companhia Pernambucana de Sanenamento) lançou, desde a semana passada, um duro cronograma de racionamento de água no município. E que afeta, praticamente, todos os bairros. Na estratégia de contenção, bairros irão ficar sem abastecimento por mais de uma semana. O rodízio está previsto para acabar somente no início de dezembro e volta a assombrar o cotidiano dos serratalhadenses.

Antes da inauguração da Adutora do Pajeú na cidade, em março, a Capital do Xaxado sofreu com a crise no consumo d’água ocasionada pela maior seca das últimas décadas. A estiagem afetou gravemente os níveis do açude Cachoeira II, lago responsável por grande parte do atendimento hídrico do município. Durante o evento de entrega da obra, na presença da presidente Dilma Rousseff, os serratalhadenses receberam a garantia de que a situação iria melhorar. Puro engano.

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De acordo com a própria Compesa, o Cachoeira está somente com 9% de sua capacidade total e nem as águas da Adutora do Pajeú estão servindo para minimizar a crise hídrica no município. Resultado? Racionamento, de novo. A Companhia de Saneamento tenta justificar o rodízio culpando o forte calor seguido do consequente alto consumo. Culpa também o aumento do número imóveis de novas ligações hídricas.

“A Compesa vem informar a população de Serra Talhada que, devido às elevadas temperaturas e o acréscimo de imóveis na cidade, aumentou a demanda por água. Assim, serão adotadas medidas emergenciais quanto ao racionamento de água em nossa cidade”, informou o órgão, em contato com o FAROL.

No final de setembro, o gerente da Compesa em Serra Talhada, Augusto César, garantiu – em entrevista à rádio Cultura FM, que o abastecimento na cidade seria normalizado em 72 horas (relembre a matéria clicando aqui).

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CONFIRA O PROGRAMA DE RACIONAMENTO ENVIADO PELA COMPESA

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