São José do Belmonte – Cerca de 500 pessoas enfrentaram, em vão, uma temperatura de 38 graus, na manhã dessa quinta-feira (9), na expectativa de ver a presidente Dilma, que tinha programação para visitar as obras da ferrovia Transnordestina, no município. A informação que chegou à prefeitura era que um helicóptero traria a presidente num trecho das obras no Sítio Barriguda, na zona rural, da cidade.

O problema é que o helicóptero veio, levantou poeira na região e partiu. Numa manobra que não durou 10 minutos. A notícia de que a presidente tinha alterado o roteiro sem explicar os motivos chegou depois à população, que estava no local a mais de 2h, diligentemente, à espera de Dilma.

A frustração foi tamanha com o “furo” palaciano, que surgiram boatos, na manhã desta sexta-feira (10), que a Câmara de Vereadores de Belmonte iria ingressar com uma Moção de Repúdio conta a presidente petista. Entretanto, o “fogo” foi apagado pelo líder do parlamento belmontense, Manoel Barros Diniz. No Sítio Barriguda, onde estava previsto o pouso do helicóptero, também se encontrava várias autoridades. Entre elas, o prefeito Rogério Leão e toda a bancada de vereadores.

“É claro que foi um negócio muito chato para todo mundo daqui e ninguém gostou de ficar esperando e não ver a presidente chegar. Mas, o importante é que a obra continue e seja concluida”, disse o vereador Manoel Barros Diniz, rebatendo as especulações de Moção de Repúdio. “Isso não vai acontecer na Câmara de Vereadores de Belmonte”, garantiu, mas sem esconder a insatisfação.