O Hospital Regional Agamenon Magahães (Hospam), o maior do Sertão do Pajeú, acabou sendo foco de mais uma denúcia, na manhã desta segunda-feira (13). A pequena Patrícia Salustiano Bezerra, de 4 anos, deixou de ser atendida, na última sexta-feira (10), porque não existia pinça no Hospam para retirar um caroço de feijão do nariz da criança. A denúncia chegou ao FAROL através do pai da menina, o agricultor Luiz Bezerra, 32 anos, que mora no Sítio Pocinhos, a 40 km de Serra Talhada.

Ele teve que procurar um serviço médico particular para retirar o grão do nariz da garota. “Cheguei às 15h30 no Hospam e só fui atendido às 17 horas, isso, depois de me jogarem de um lado para o outro. O médico tentou retirar o caroço de feijão do nariz da minha filha com outro material e piorou o quadro empurrando o grão mais para dentro. Depois, disse que precisava de uma pinça especial que não existia no hospital e mandou eu procurar um otorrino (laringologista)”, disse o agricultor.

LUIZ BEZERRA: "ELES NÃO TINHAM SEQUER UMA PINÇA"

Luiz Bezerra recorda que o médico que o atendeu no Hospam o mandou voltar para casa e avisou que era para ele retornar com a criança só na segunda-feira. Para não deixar a criança com dores durante o final de semana, Luiz Bezerra procurou, no sábado (11), uma casa de saúde privada, onde foi informado que o procedimento custaria R$ 160. “Tive que arrumar o dinheiro emprestado. Mas o médico do hospital não cobrou nada pelo procedimento. Agora, é muito complicado um hospital como o Hospam não ter uma pinça para resolver um negócio simples desse”, criticou Bezerra.