dedo em riste[1]O Procurador Jurídico da Prefeitura de Serra Talhada, Carlos Giovanni Simoni, não vai ao local de trabalho desde que o prefeito Luciano Duque (PT) autorizou a transferência da procuradoria para o novo prédio, localizado na Rua Enock Ignácio de Oliveira, no centro da Capital do Xaxado. A denúncia foi feita na tarde desta terça-feira (30) pelo auxiliar administrativo do setor, Marcelo Martins da Fonseca, durante conversa com o FAROL.

“Já ocupei por várias vezes cargo em confiança, sei que você não tem hora de chegar como também hora de sair, mas acontece, que nosso chefe (Giovanni Simoni) todo poderoso, desde a mudança desta secretaria para a Rua Enock Ignácio, não comparece ao devido setor há mais de 15 dias, e como faço  parte da Comissão de Inquérito Administrativo (CIA) estou com 4 inquéritos concluídos desde o dia 19 de dezembro para ser entregue ao mesmo, mas como entregar, se o mesmo não aparece?”, questiona Marcelo Martins. Ainda de acordo com o servidor, o procurador lhe puniu com duas faltas sem justificativas.

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“Liguei para ele explicando os dois dias que faltei, pois trabalhei três dias à tarde organizando a bagunça que o mesmo fez no dia da transferência da dita secretaria, e sabe o que ele fez? Bateu o telefone na minha cara. Por aí vocês podem analisar a qualidade dos secretários que servem a este desgoverno”, desabafou.

Ainda durante a entrevista, o servidor revelou que vem sofrendo perseguições dentro da Procuradoria Jurídica desde o dia em que começou a emitir opiniões no FAROL questionando alguns atos do prefeito Luciano Duque. “Eu estou sendo vítima de perseguição por conta disso. Recebo faltas sem justificativas e praticamente me ignoram no meu local de trabalho.Tudo isso porque venho exercendo a minha liberdade de expressão”, lamentou Martins.

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O OUTRO LADO

A reportagem do FAROL conversou, por telefone, com o procurador Giovanni Simoni. Ele rebateu todas as declarações do servidor e negou que estivesse havendo perseguição dentro da Procuradoria Jurídica.

“Ainda estamos em fase de mudança na Procuradoria. Estou levando o trabalho para o meu escritório até que tudo esteja devidamente organizado. Não quer dizer que não estou trabalhando… mas estamos organizando tudo”, disse Simoni. Entretanto, ele justificou que as faltas impostas ao servidor foram legítimas.

“Ele (Marcelo) faltou dois dias e não me avisou. Infelizmente, isto é um mal de muitos que trabalham no serviço público”, disse o procurador, negando, inclusive, que esteja perseguindo Marcelo Martins. “Isto não existe de maneira alguma”.