O deputado federal pernambucano, Anderson Ferreira (PR), que faz parte da bancada evangélica no Congresso, ingressou com um projeto de lei na Câmara Federal que proíbe o poder público de contratar ou dar incentivos a artistas que façam apologia ao sexo ou às drogas. Ele disse que essas práticas não contribuem para a formação de uma sociedade com bons valores éticos e morais. “É somente uma forma apelativa que desconstrói o conceito da base familiar, relevante para um desenvolvimento saudável”, afirmou o parlamentar, que é vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, cujo presidente é o pastor Marcos Feliciano (PSC-SP).

O deputado anexou ao projeto um artigo que seria de autoria do escritor Ariano Suassuna, com os nomes de algumas músicas cujas bandas que as gravaram fazem apologia barata ao sexo. Por exemplo: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró).

Caso o projeto do deputado seja aprovado, alguns artistas de Serra Talhada e da região também serão proibidos de trabalhar em festas públicas. O projeto do deputado republicano não proíbe que emissoras de rádio executem tais músicas.  O projeto é polêmico uma vez que, por outro viés, fere a liberdade de expressão do cantor/compositor.

Com informações de Inaldo Sampaio