Por Cecílio Tiburtino, advogado

Venho mais uma vez, por meio desse instrumento de comunicação, repudiar o tratamento dispensado pela rede bancária em Serra Talhada aos cidadãos e clientes. Frequentemente, quando temos que resolver alguma transação na própria agência bancária, passamos facilmente 60 minutos em uma fila, pois a prática bancária é diminuir cada vez mais os funcionários do atendimento para “impor” o atendimento virtual (caixa eletrônico e internet).

É bem verdade que, nos dias de hoje, a internet bank tem facilitado a vida dos usuários, dando maior agilidade às transações bancárias, no entanto, quando necessitamos ir a agência para receber um novo cartão de saque, ou receber um cheque depositado, “perdemos” facilmente horas em uma fila.

Esse quadro piora quando a rede bancária opta por participar de licitações de folha de pagamento de órgãos públicos, vez que na referida agencia local são injetadas dezenas de contas bancárias, e, consequentemente, clientes, o que inegavelmente amplia o faturamento da agência, elevando, assim, o fluxo de clientes na agência para solucionar problemas, sem que haja o correlato aumento de funcionários do atendimento presencial.

Quando uma rede bancária licita a folha de pagamento de um Estado, por exemplo, são dezenas de contas abertas, gerando dezenas de demandas diárias, o que justificaria o imediato aumento de funcionários na referida agência. Entretanto, o que se vê é uma redução da rede de atendimento, impondo ao cliente ficar até 60 minutos ou mais em uma fila, simplesmente para receber um cheque devolvido, por exemplo. 

No ano passado, os lucros bancários, apenas das redes que tem agência em Serra Talhada, foram:

1º) Itaú/Unibanco R$ 13,3 bilhões;

2º) Banco do Brasil R$ 11,7 bilhões;

3º) Bradesco R$ 10,022 bilhões;

4º) Santander R$ 7,382 bilhões e

5º) Caixa R$ 3,8 bilhões 

Esses dados dão um volume 28,1% maior que o resultado das instituições em 2009, quando obtiveram lucro líquido de R$ 34,9 bilhões. Portanto, é mais que justificado a sociedade reclamar e exigir respeito da rede bancária, vez que lucros são brilhantes e os serviços presenciais prestados não correspondem às vantagens que “concedemos” as redes bancárias.

*Dados da FEBRABAN.