O Tiro de Guerra, que funciona há 34 anos em Serra Talhada, pode fechar as portas a partir de janeiro de 2014, dificultando a vida de milhares de adolescentes do Sertão do Pajeú que precisam se alistar no Serviço Militar obrigatório. A Unidade de Formação de Reservistas (UFR) não vem recebendo os repasses da Prefeitura desde o mês de agosto e a dívida já ultrapassa o patamar de R$ 13 mil.

A crise também atinge até a vida pessoal do instrutor do Tiro de Guerra que foi enviado pelo Ministério do Exército (ME). O fato é que ele está com aluguel da sua residência também em atraso. Há um convênio entre as partes para que o município assuma as despesas com a casa do instrutor e a sede do Tiro de Guerra.

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Por conta da falta de repasses, está faltando de tudo na instituição. Até mesmo material de expediente e limpeza. Uma outra consequência caiu sobre a turma de formandos de 2013, que não vai ter o direito a participar da cerimônia de formatura. “Foi tudo cancelado e frustrou toda a turma”, disse um reservista, que pediu para não ser identificado.

O FAROL apurou que no mês passado o instrutor do Tiro de Guerra chegou a conversar com o prefeito Luciano Duque sobre a crise no setor, mas nenhuma atitude foi tomada para resolver as pendências. A reportagem também conversou com a Assessoria de Comunicação do governo que ficou de localizar o responsável pelo tema para comentar as denúncias. Até o fechamento desta matéria (13h32), não houve qualquer resposta por parte do governo.