Feliz-Ano-Nuevo-2016-ImagenesMais um ano terminando e eu aqui me sentindo congelada em frente à linha do tempo da minha vida que passa de trás para frente e de frente para trás. Durante todo este dia 31 no trabalho me lembrei de todas as mandingas, pequenas simpatias e costumes que as mulheres da minha vida me ensinaram desde que pequenininha. Mesmo não sendo tão velha, hoje parecem lembranças meio antigas, como um álbum de fotografias de páginas amareladas e cola já quase gasta. Aos olhos alheios parece que não me importo e lembro pouco das coisas. Mas ainda está tudo aqui.

Mesmo ainda do meu lado, relembro de tantas frases prontas que minha Tia Lourdinha dizia sempre nessa época do ano, nos orientando com que roupa passar a virada e o que deveríamos desejar para o ano vindouro. “Azul é saúde, vermelho é paixão, rosa é amor, verde é esperança, branco é paz, amarelo é dinheiro”. Antigamente a roupa de baixo e de cima era ela que comprava e sempre pedíamos paz ou saúde. Na adolescência pedia amor, hoje peço dinheiro. Numa crise dessas, quem não quer? Acho que vou mesmo passar é de arco-íris, estou precisando de tudo um pouco.

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Vó Luiza e Vó Alaide são dois mimos de lembrar. Avó é aquela coisa sempre gostosa de lembrar, Dona Luiza era tão doce e tinha um chá para tudo. Religiosa que só ela no fim do ano sempre que podia vinha da capital para ir na matriz da Penha, uma de suas maiores paixões. Ela me ensinou a ter fé. Já Dona Alaide, com aquele ar de durona que tinha, no fundo era toda dengosa e gostava demais de agradar as netas e a filha. Com comida principalmente, pense numa senhorinha que gostava dos banquete de fim de ano. Ela me ensinou a apreciar as coisas boas da vida.

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Tia Quinha e Tia Graça, as irmãs do meu pai que sempre têm os elogios mais motivadores para as sobrinhas também partilham de muitas lembranças que trago da infância. Desde as férias em Maranguape I – Paulista até a primeira ida na praia, a primeira vez em um shopping center. As histórias da família e a infância do meu pai, o amor na voz e nos olhos ao relembrar minha mãe, as aulas contextualizadas sobre a história política de Serra Talhada e Pernambuco. E principalmente, todos os desejos de que eu seja uma mulher melhor do que todos sonharam.

Já minha prima Marina e minha irmã Érica – ambas irmãs na mesma medida, somos um tripé – me mandando deixar de ser bobinha, ‘quem tem besta não compra cavalo’, e eu ainda demoro a entender o ditado. Entre tantas brigas, esse é o amor fraternal que nunca passa. Enfim, aprendi com as mulheres da minha vida que não tem para o caroço de romã ou de uva chupado e guardado na carteira do que ter a sorte de ter pessoas especiais ao seu lado e no seu coração. Feliz Ano Novo a todas as minhas mulheres! Um 2016 de muito amor a todos!