A economia brasileira aprofundou a crise e encolheu mais do que o esperado no último trimestre de 2016, com forte retração dos investimentos, marcando a recessão mais longa do Brasil ao fechar o ano com queda de 3,6 por cento.

E, daqui para frente, especialistas apontam que a recuperação será gradual e fortemente dependente da aprovação de reformas estruturais, com grande destaque para a da Previdência, e da política de redução de juros.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil encolheu 0,9 por cento no quarto trimestre sobre os três meses anteriores, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, oitavo trimestre seguido de perdas. No terceiro trimestre, com a mesma base de comparação, a queda havia sido de 0,7 por cento.

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Sobre o quarto trimestre de 2015, o PIB despencou 2,5 por cento. Em 2015 todo, a economia havia caído 3,8 por cento, o que dá uma retração de 7,2 por cento nos dois anos.

Pesquisa da Reuters apontava que o Brasil teria queda de 0,6 por cento entre outubro e dezembro na comparação com o trimestre anterior e de 3,5 por cento em 2016 fechado.

Segundo o IBGE, de longe a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma medida de investimento, foi a que mais sofreu. Em 2016, marcou contração de 10,2 por cento e, no último trimestre, queda de 1,6 por cento sobre o período anterior. O consumo das famílias também foi bastante afetado, em meio ao desemprego cada vez maior, com contrações de 4,2 e 0,6 por cento, respectivamente.

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A indústria também encolheu no ano passado (-3,8 por cento) e no quarto trimestre (-0,7 por cento), o mesmo comportamento do setor de serviços (-2,7 por cento e -0,8 por cento, respectivamente).

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