Cerca de 30 professores da Unidade Acadêmica de Serra Talhada (Uast-UFRPE) realizaram na manhã desta quarta-feira (9) um protesto por melhores condições de trabalho na unidade de ensino. Os professores denunciam que o campus da Uast está abandonado e os docentes estão trabalhando sem a mínima infraestrutura. Há mais de cinco anos que a Uast passa por uma reforma. No momento, as obras estão paralisadas e salas e blocos ficaram inacabados, prejudicando também os estudantes.

A forma de protesto dos professores foi inusitada. Eles se reuniram para doar sangue à Fundação de Hematologia de Pernambuco (Hemope) em Serra Talhada. “Estamos lutando por melhores condições de trabalho e para manter a qualidade do ensino público. Há seis anos que nada avança na UAST. Os laboratórios chegam, mas ficam encaixotados. As obras não avançam”, lamentou o professor Genival Barros Júnior. Segundo ele, a UAST é a campeã  nacional em obras paradas.  Os professores pretendem entregar uma pauta com 65 reinvindicações à nova reitora que será empossada na próxima semana.

Segundo os professores, a interiorização da Universidade Federa lRural de Pernambuco (UFRPE) aconteceu na base da “gambiarra”. Em Serra Talhada, por exemplo, o restaurante universitário não funciona e a biblioteca tornou-se um exemplo de descaso com o dinheiro público, pois faltam livros para atender a demanda crescente de alunos. Além disso, o espaço físico da atual biblioteca é pequeno. A obra de ampliação ainda não foi concluída. Os docentes da Uast alegam que irão aderir à paralisação nacional, que deverá acontecer no próximo dia 17 de maio.