Da Revista Exame

São Paulo — O desempenho de Jair Bolsonaro como presidente da República é reprovado pela maioria dos brasileiros, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes com o instituto MDA divulgada nesta segunda-feira (26). De acordo com os resultados, a postura de Bolsonaro no seu mandato até agora é desaprovada por 53,7% dos entrevistados, contra 41% de aprovação. Há, ainda, 5,3% que não souberam opinar ou não responderam.

Na avaliação anterior, de fevereiro, a desaprovação pessoal de Bolsonaro foi de 28,2%, enquanto a aprovação havia sido de 57,5%. 39,5% dos entrevistados avaliam o governo como ruim ou péssimo, ao passo de 29,4% consideram ótimo ou bom e 29,1%, regular. Em fevereiro, só 19% avaliavam o governo como negativo. A pesquisa entrevistou 2.002 brasileiros, entre os dias 22 e 25 de agosto, em 137 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Avaliação das áreas de atuação

De acordo com a pesquisa, as áreas citadas como de pior desempenho do governo são saúde (30,6%), meio ambiente (26,5%) e educação (24,5%). Os dois últimos resultados correspondem aos maiores conflitos que Bolsonaro têm enfrentado até agora, principalmente com a repercussão das queimadas na Amazônia e também por conta dos bloqueios no orçamento da educação. A gestão dessas duas áreas foram gatilhos para as principais manifestações de rua que o presidente enfrentou desde o começo do ano. Para os entrevistados, no entanto, as áreas com melhor desempenho são o combate à corrupção (31,3%), segurança (20,8%) e redução de cargos e ministérios (18,5%).

88% dos entrevistados consideram que o Brasil ainda está em crise econômica. O Boletim Focus divulgado hoje voltou a reduzir a previsão de crescimento econômico neste ano, agora de 0,83% para 0,80%. Se confirmado, será menos do que o 1,1% registrado tanto em 2017 quanto em 2018. Ao todo, 54% consideram que a crise só terminará em 2020 ou mais adiante e 33% acreditam que não haverá melhoria na situação econômica do país. A indicação de Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do presidente, para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos é considerada inadequada por 72,7% dos entrevistados.