Fotos: Max Rodrigues/Farol de Notícias

Publicado às 05h15 desta quinta-feira (3)

Mais uma família procurou o Farol em busca de ajuda para sobreviver diante de tantas dificuldades que vem passando nos últimos meses. Daiane Cristina Laurindo Campos, 30 anos e a mãe Maria Laurindo Campos, 50 anos, moram na mesma residência no bairro Vila Bela, em Serra Talhada, com mais 4 menores. A principal necessidade deles é matar a fome, pois conforme Daiane revelou à reportagem, as demais dificuldades vão superando, porém a fome não espera.

Há 6 meses estão com água cortada e há 2 meses com o botijão de gás vazio devido às condições financeiras, porém, para elas, isso não é o principal agravante. Estão cozinhando com carvão e pegam  água da casa de uma vizinha. Daiane é mãe de duas meninas, uma de 3 anos que é prematura e necessita de cuidados especiais e a outra tem cefaleia crônica, febre reumática, tireoide e um desvio na coluna. Maria Campos, mãe de Daiane, também é mãe de dois garotos de 11 e 14 anos que fazem tratamento no Centro de Assistência Psicossocial (Caps). Isso implica que a rotina da família é bem difícil devido aos cuidados com a saúde das crianças e a falta de alimentação.

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”Eu não posso sair e deixar elas sozinhas porque a maior não pode colocar a outra no braço e também sou eu que acompanho os meninos para as consultas no Caps, quem corre atrás de medicamento para meus irmãos e minhas filhas. Emprego nem todo mundo pode me dar porque preciso dessa pausa para essas coisas porque são 4, então praticamente todos os dias estou resolvendo essas coisas. Quando aparece uma lavagem de roupa ou faxina, ou mãe vai, ou eu vou. Mas, quando ela vai, se derem R$10 ou R$ 30 ela aceita, mas quando chamam eu já digo o preço porque certo é certo, infelizmente as pessoas se aproveitam”, disse Daiane Cristina, reforçando:

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”Para dizer a verdade, o que nós estamos passando mesmo é fome. A gente tenta ganhar de manhã para comer de tarde. O pai da minha filha mais velha paga R$400 de pensão, mas só um remédio que ela toma para dor é 90 reais e tem outros medicamentos, pelo SUS só consigo 1 ou 2 e o resto tenho que comprar. O pai da outra paga R$ 100 de pensão, mas só uma caixa de suplemento que ela toma é R$ 85 reais. Quem tem filho sabe que preferimos alimentar os filhos do que comer, é o que acontece. Várias vezes deixamos de comer para dá a eles. Eu peço ajuda a uns primos e às vezes eles ajudam, mas não posso pedir toda hora”, lamentou Daiane.

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PODE AJUDAR?

Quem desejar qualquer doação para ajudar essa família a alimentar as crianças e se alimentarem também, deve entrar em contato pelos telefones (87) 9 9965-2152 (Maria Laurindo), (87) 9 9646-8394 (Daiane) ou deixar na redação do Farol de Notícias, na Rua Madre Superiora Luiza Rocha (Rua do Solidônio Leite), ao lado da Farmácia Santa Clara (no 3º andar do antigo prédio onde funcionava o cartório de João Martins).