Publicado às 04h23 desta terça-feira (24)

Informe Especial Publicitário

A empresa startup Juliflora Design nasce em Serra Talhada com o intuito de reflorestar cerca de 8 km de faixa de terra às margens do Rio Pajeú assoreadas pela quantidade de algarobas. Idealizada pelo empreendedor George de Andrade Lacerda, de 50 anos, a partir do nome científico da planta Prosopis juliflora, a empresa busca comercializar móveis e utensílios de madeira a base da planta exótica, que tem sido uma das causas do assoreamento do rio na região.

De acordo com George, a intenção é promover a comercialização online de materiais sustentáveis utilizando a madeira da algaroba, o couro de caprinos e da tilápia, em parceria com marceneiros e artesãos de toda a região interessados em abraçar o projeto. Junto ao Ciagro Jr., empresa formada por estudantes de Agronomia da UFRPE-UAST, o projeto ainda realizará o reflorestamento da mata ciliar nas proximidades da Barragem do Jazigo e comunidade rurais.

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“A Juliflora é uma startup onde estamos dando um novo uso para a madeira da algaroba, de forma inovadora. Trazendo sustentabilidade e negócios para a região. O IPA e Embrapa estimulam 2 milhões de hectares de algaroba no Nordeste e a gente aproveita a madeira, contando com a mão de obra de comunidades rurais, indígenas e quilombolas, da agricultura familiar. Visitamos os locais, apresentamos os projetos e esperamos que as pessoas se conscientizem para abraçar o projeto. A ideia é comprar a preço justo os produtos desses artesãos, agregar valor com uma finalização mais detalhada e comercializar pelo nosso site e em uma loja física que devemos abrir até o final do mês de setembro”, detalhou Lacerda.

A Juliflora Design também pretende criar barreiras de contenção do lixo que é despejado no Rio Pajeú. A partir de material reutilizado, as redes serão construídas com garrafas pet e cabos de aço. A startup já consolidou importantes parcerias com a UAST, a Secretaria de Meio Ambiente e a de Agricultura Familiar e Recursos Hídricos, desta última, houve a doação de 5 mil mudas de umbu. O Sebrae também é parceiro da ação e deverá trazer para a região do Pajeú diversos cursos de formação profissional para o melhor aproveitamento da madeira e dos couros dos animais.

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Todo o estudo do projeto está sendo realizado em parceria com a Uast, inclusive a produção de mudas. Assim como o Curso de Sistema de Informação que está desenvolvendo um aplicativo para acompanhar as mudas entregues para a população, desde o plantio até o desenvolvimento da planta. Ainda segundo George, a Juliflora Design legalizou seus equipamentos junto ao Ibama para a retirada da madeira e já levou o projeto serra-talhadense para importantes eventos de economia criativa no estado.

“Nós já participamos do Inova Sertão, aqui em Serra Talhada, em 2017, sendo um dos grandes destaques premiados. Já em 2018 levamos a ideia para o Rec’n Play em Recife. Agora estamos buscando abrir as portas do Cais do Sertão para comercializar lá os nossos produtos de móveis e utensílios em madeira de algaroba. Nos últimos dias conversamos com um professor da Universidade do Ceará interessado no projeto para aplicar com o ‘Nim’, mais conhecido como Lírio. Ele é um estudioso da apicultura e gostaria de estudar a aplicação do projeto para proteção das abelhas na região cearense”, finalizou.

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Para conhecer um pouco mais sobre o projeto da Juliflora Design (acesse aquiou ainda pelos perfis do Instagram @georgedeandradelacerda e @julifloradesign.