“Seu voto pode ser comprado por R$ 50, mas antes de vender o seu voto veja qual é o valor dele”. Esta frase abre o texto de um panfleto que está sendo distribuído pelo candidato a vereador Raimundo Nonato (PDT) – um dos fundadores do movimento chamado de “mosqueteiros” do PDT, que, entre outras propostas, pediu mais independência do partido frente à influência do deputado Augusto César (PTB).

Nonato diz que não está preocupado em pedir votos, mas em fazer um duro combate a corrupção eleitoral, que costuma ocorrer nos bastidores da política serratalhadense. Ele por enquanto, parece ser o único candidato, entre os 88 que disputam uma vaga na Câmara Municipal, com essa intenção. “Por enquanto mandei fazer apenas 200 panfletos. Muito pouco. Entretanto, pretendo partir para conversar com o eleitor da importância do voto livre e consciente”, disse Raimundo Nonato.

Além dos panfletos, o candidato costuma fazer suas caminhadas com uma camisa que traz a mesma mensagem. O detalhe é que a camisa não traz nem seu nome e nem o número da sua candidatura. “Não posso ferir a legislação. Sonho com uma campanha limpa e vou lutar por isso”, afirma. No meio de um jogo de ambições pessoais, Raimundo Nonato diz não se intimidar e acha que não está remando contra a maré.

“Quem vende o voto não tem moral de chamar os corruptos de corruptos. Quero pregar isto durante toda a campanha”, finaliza o velho “mosqueteito” que tenta, pela segunda vez, uma cadeira na Câmara de Vereadores de Serra Talhada. Na primeira tentativa, o discurso de combate à corrupção acabou não surtindo efeito. Quem sabe agora…