A discussão sobre a situação do Mercado Público de Serra Talhada vem ganhando força mais uma vez. Esta semana, a Câmara Municipal foi quem puxou o debate (leia aqui). O espaço vem sendo motivo de transtorno – há vários anos – tanto para a população que frequenta o ambiente, quanto para os comerciantes. Até agora, nenhum governo teve a  coragem de investir numa ampla reforma do espaço. O FAROL ouviu o secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Tarciso Agostinho. Ele revela como é possivel mudar essa realidade com mais rapidez. Confira!

FAROL – A discussão sobre o estado precário que se encontra o mercado público chegou até a Câmara de Vereadores. Uma das pautas levantadas foi a falta de higiene. Quais são as providências que o governo está tomando em relação a isso, e os projetos que Secretaria tem para o mercado?

TARCISO AGOSTINHO – Realmente a situação é precária. Nós estamos trabalhando para resolver isso, e estamos com dificuldades de quantidade de pessoas para fazer esse trabalho. Mas já estamos regularizando essa questão de mão de obra. Tivemos inicialmente alguma dificuldade de realização de compra – por uma questão de recursos – de vassoura, rodo e todo material necessário para fazer a limpeza do mercado, mas isso já foi resolvido. O diretor do mercado foi nomeado e vai haver uma reunião amanhã (21) com os coordenadores do mercado pra regularizar essa situação, por que realmente a situação está muito precária e não pode continuar.

FAROL – Quando será feita uma limpeza efetiva do mercado depois dessa reunião?

TA – Em oito dias a gente quer que as coisas estejam resolvidas no mercado. Tudo vai ser direcionado para resolvermos isso em uma semana para que as coisas estejam totalmente mudadas por lá.

FAROL – O senhor tem planos para questão da estrutura do mercado?

TA – Eu assumi faz pouco mais de 60 dias e minha preocupação maior que focamos foi nas questões de segurança. E fizemos uma inspeção. Convocamos a Secretaria de Obras para nos ajudar e com o apoio de um engenheiro traçamos levantamento de todas as questões críticas, principalmente, da parte elétrica e da cobertura. Que é o que temos de atacar de imediato. Já estamos contratando uma empresa para fazer uma inspeção termográfica do mercado para identificar pontos quentes, e evitar riscos de curto-circuitos. Sobre a coberta vamos fazer um plano de intervenção para evitar o risco de cair o telhado e para não incidir em risco nem para a população nem para os comerciantes.

FAROL – A prefeitura já tem um estudo sobre quais são as necessidades do mercado? O governo possui recursos para sanar esses problemas?

TA – Sobre a questão da limpeza, estamos em contato com a vigilância sanitária para saber quais são as necessidades estruturais para que haja mais higiene no mercado. Porque não é só a questão da mão de obra. Por exemplo, pra você cortar a carne é preciso ter uma superfície adequada, a questão da forma de exposição da carne… Tudo isso está normatizado pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). Mas precisamos realizar tudo isso com recursos, precisamos de recursos. Às vezes se tem o plano, mas quando vai executar não tem o recurso. Fizemos uma reunião e encaminhamos ao prefeito essa questão do recurso sobre o mercado. Outra questão também é sobre a gestão daquele espaço.

Eu procurei ver também quais são os instrumentos que regulamentam o uso do mercado. E não existe. Por exemplo: as pessoas que são permissionárias, elas fazem alterações nos seus blocos, mas é preciso ter alguém que regule isso. Como não tem regulamento cada um vai mexer da forma que bem entender. A questão da comercialização daqueles pontos, a gente tem que ver que é preciso ter a intervenção da prefeitura. Pois é um bem público. Então não adianta atacar apenas um aspecto, porque não vai resolver. O mercado tem mais de 50 anos. É preciso ter um plano global. E podemos olhar exemplos de como funciona o ordenamento adequado em outros mercados de outras cidades para adaptarmos os bons exemplos a nossa realidade.

FAROL – Então você defende que não só a sua secretaria seja responsável pela melhoria do mercado…

TA – Os problemas são múltiplos e é preciso coordenar as ações entre todas as secretarias. E criar uma força tarefa para resolver todos os problemas, cada um em sua área. Sobre a questão sanitária, isso afeta a Secretaria de Saúde, logicamente que está sobre a nossa coordenação, mas tem que ter a participação. Tem  a questão da coleta do lixo e limpeza, estou entrando em entendimento com o colega Célio Antunes, da Secretaria de Serviços Públicos, no sentido de unirmos as ações, numa força tarefa. Essa força tarefa vai ser criada exatamente para tentar resolver os vários problemas existentes no local.