O advogado Pablo Andrada, do município de Flores, no Sertão do Pajeú, procurou a redação do FAROL, nesta quinta-feira (23), onde fez um relato de mal atendimento no Hospital Regional Agamenon Magalhães (Hospam). O alvo é o médico Antonio Rodrigues que, segundo o relato do advogado, discutiu com usuários do serviço público nos corredores do Hospam.

pabloFotos: Farol de Notícias/ Alejandro García

FAROL: Pablo, bom dia. Você está procurando a redação do FAROL para relatar um incidente que ocorreu ontem no Hospital Agamenon Magalhães (Hospam). O aconteceu?

PABLO ANDRADA: Bom dia, leitores do FAROL DE NOTÍCIAS. Resumidamente falando, o que aconteceu foi o seguinte. Eu tive que levar o meu pai para o Hospam para um atendimento e lá chegando nós fomos atendidos por um senhor chamado Antônio Rodrigues, o médico ortopedista que estava de plantão lá nesse dia. Por ocasião do atendimento e logo após ele fazer a consulta do meu pai, eu questionei ao médico se ele poderia emitir um laudo sobre a lesão do meu pai ou se ele poderia indicar o órgão do hospital que pudesse, eventualmente, obter uma cópia do documento.

Para o meu espanto, o médico teve uma reação extremamente grosseira, deselegante. Afirmando que eu não deveria pedir o documento e perguntou se eu havia pago alguma coisa para fins de realização da cirurgia do meu pai, que permitisse eu cobrar a ele esse tipo de documento. Então, eu simplesmente respondi a ele que eu não estava pagando nada, apenas pedi uma informação a respeito de um determinado documento, que ele poderia perfeitamente me dar. Eu precisava do documento por exigência do DPVAT para fins de pagamento da indenização do meu pai que sofreu um acidente.

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FAROL: Então você defende que estava atrás de um direito? Lutando por um direito?

PABLO ANDRADA: Apenas pedi uma informação a respeito da obtenção de um determinado documento que estava sendo exigido por outro órgão para pagamento do seguro do meu pai.

Então, respondi a ele isso e ele seguiu discutindo que o DPVAT é uma máfia danada, que ele não tinha nada a ver com isso, que eu não pedisse a ele nenhum documento e tal. Respondi a ele: ‘doutor, eu não tenho nenhum interesse em saber se é máfia ou não, se o senhor faz parte ou não. Eu apenas estou pedindo uma informação a respeito da obtenção de um determinado documento’.

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Então, seguiu-se uma discussão, na frente do meu pai, que estava lá operado no consultório também. E em um surto louco, um ataque histérico lá no momento, ele gritando questionou o que é que eu estava fazendo ali. Não era para eu estar ali dentro já que eu não era paciente, não poderia estar ali presente. Ele gritou chamando a segurança do hospital, a porta do consultório estava aberta.

Isso aconteceu por volta das 10h, tinha lá na área interna do hospital um público significativo, já que tinha muita gente para ser atendida. Então, isso aconteceu na frente de várias pessoas que estavam no local. Por conta desse comportamento louco, inesperado, grosseiro, aviltante do médico e fui obrigado a me retirar do estabelecimento.

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FAROL: O que levou você trazer esta denúncia ao público?

PABLO ANDRADA: Tomei a iniciativa de vir ao FAROL denunciar esse ato, não por outro motivo, mas apenas no intuito desse cidadão, surta algum efeito contra ele a partir dessa denúncia. E que ele aprenda que ele não vive no mundo só, que o mundo não gira em torno dele, que ele vive em sociedade, que as pessoas devem se respeitar. E principalmente, aquelas pessoas que estão ali exercendo alguma atividade profissional, paga pelo estado já que o Hospam é um hospital público, atendendo bem a população, isso é um dever de qualquer profissional. Isso não é uma faculdade.

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Então, fruto dessa situação aviltante, indigna, constrangedora que eu fui submetido por conta do total despreparo, inépcia, incompatibilidade da sua conduta com o cargo que ele está desempenhando ali e representando o estado. Além disso, até sexta-feira (24) eu vou protocolar uma reclamação disciplinar contra ele no Cremepe de Serra Talhada e ajuizar uma competente ação de reparação de danos para que ele aprenda que tudo que a gente faz na vida tem alguma consequência.