A enfermeira Poliana Oliveira atua na Secretaria de Saúde de Serra Talhada desde o governo do ex-prefeito Carlos Evandro. Na gestão passada era considerada uma auxiliar de confiança da ex-secretária Socorro Brito e, desde então, se mantinha no administração pois é funcionária de carreira. Mesmo assim, Poliana Oliveira foi exonerada da função que ocupava. Ela atuava como coordenadora do Centro Municipal de Saúde (CMS).

A ordem de demissão partiu do secretário de Saúde, Luiz Aureliano, alegando que “não havia mais clima” para mantê-la no cargo. Poliana Oliveira, no entanto, encontra-se no quarto mês de gravidez. Durante a conversa com o FAROL, garante que o secretário a exonerou de forma arbitrária e lamenta a omissão do prefeito Luciano Duque na questão. A enfermeira revela que sofreu graves assédios morais de Aureliano Carvalho. E só agora teve coragem para expor seu desabafo.

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FAROL – O que motivou o secretário a exonerar você?

Poliana Oliveira – Segundo ele, não havia “mais clima” para eu continuar como coordenadora, após eu ter me ausentado. Essas foram as palavras dele, que não argumentou justa causa nenhuma, inclusive no ofício de solicitação não alegou que eu tivesse feito nada. Minha ausência foi de 15 dias, atestada por um médico em virtude de uma ameaça de aborto que sofri já por conta do assédio moral sofrido anteriormente.

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FAROL – Que tipo de assédio moral?

Poliana Oliveira – Convocando-me para reuniões com outros coordenadores para perguntar sobre “fuxicos” e boatos e em sala fechada me caluniando, fazendo-me passar por constrangimento, falando de minhas relações pessoais e econômicas insinuando segundo ele, que eu seria “laranja” de Socorro Brito.

Todos os outros coordenadores estavam lá para escutar isso, que é motivo para processá-lo. Ou seja, nenhum motivo profissional, certa vez, eu o perguntei: O que ele achava do meu trabalho? E ele disse: “Que da minha gestão no Centro de Saúde não tinha o que falar, que eu fazia uma boa administração lá!”

Na verdade, até os vereadores da oposição estiveram no Centro de Saúde para fazer uma denúncia de medicamentos (que é com outra coordenadora) e elogiaram meu trabalho, pois sempre me coloquei à disposição de quem quer que fosse lá.

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FAROL –  No momento, como está sua situação funcional?

Poliana Oliveira– Legitimamente, continuo como coordenadora do Centro Municipal de Saúde, pois não fui exonerada e nem posso ser (estabilidade provisória em virtude da gestação) e estou impossibilitada de exercer minhas funções pois o secretário mandou um outro profissional de saúde, que obedeceu uma ordem superior manifestamente ilegal e está usurpando um cargo público, no qual não foi nomeado, assumiu sem portaria alguma.

FAROL – E você procurou o prefeito Luciano Duque?

Poliana Oliveira – Sim, ele disse que eu voltasse para o meu lugar e não assinou ofício de exoneração nenhuma; mas como posso voltar se há um colega de trabalho em meu lugar?

Conversei com o deputado Pedro Eugênio relatei toda essa situação, inclusive o fato de Luiz Aureliano se dizer apadrinhado de Humberto Costa. Ele (Aureliano) diz também que o que faz, prefeito não desfaz! O deputado Pedro Eugênio disse que “independente dele ser apadrinhado ou não, não pode estar cometendo atos arbitrários e improbidades administrativas”.

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Este cidadão não tem postura de médico ou secretário, é chamando o diretor da Geres para o tapa, é repudiado pela Câmara de Vereadores que retirou uma moção de aplausos pelo seu comportamento. E além do mais, preocupado com a vida pessoal dos funcionários!

FAROL – O que você espera que aconteça após esta entrevista?

Poliana Oliveira – Quero apenas que resolvam legalmente minha situação, pois ele não é todo poderoso para querer passar por cima até das leis; ele (Aureliano) é apenas o secretário que vai sair daqui a no máximo dois anos e eu continuo no meu cargo efetivo alcançado por mérito próprio e não posso ser prejudicada por “caprichos” de ninguém.

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