marquinhos

Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García

Publicamos agora a segunda e última parte da entrevista com o pré-candidato a prefeito de Serra Talhada, Marquinhos Dantas (SD). Nesta edição (releia a primeira), o radialista revela quais serão suas primeiras ações a frente do governo, caso eleito, e garante que não vai “vender” secretarias, nem negociar a prefeitura com financiadores de campanha. Vale a pena conferir!

FAROL: Se você chegar a prefeitura de Serra Talhada em 2017, quais serão suas primeiras ações, Marquinhos Dantas?

MARQUINHOS DANTAS: Primeira coisa, eu sempre parto do princípio que eu não posso governar de cima para baixo, tem que ser o povo que tem que dizer. Mesmo sabendo que muitas vezes o povo pode pedir algo que não é o mais importante para eles. Então, cabe ao administrador mostrar: ‘olhe, vocês estão pedindo isso aqui, mas isso aqui é melhor ser feito desta maneira aqui’ e mostrar o que é melhor para eles. A primeira coisa é fazer um governo itinerante, vamos percorrer todos os bairros, todos os distritos. Gabinete montado nas comunidades, atender lá. A primeira atitude é essa, eu não sei se já em janeiro quando a gente assumir, mas assim que a gente ganhar a eleição, finalzinho de outubro a gente já vai fazer essas plenárias. Vai ser diferente do orçamento participativo, porque ele foi feito de uma forma assim, como tapar um buraco que desde a época de Carlos Evandro ninguém tenha conseguido. E as plenárias já iam, infelizmente já tinha isso aí.

Inclusive, eu enfrentei resistência mesmo porque eu queria era fazer a pesquisa e fizemos a pesquisa, mas esse gabinete itinerante você tem a certeza de que é o prefeito que vai estar lá, ele está aí e vai dizer o que pode fazer, o que tem para fazer e como ele vai fazer. Então, não é mais uma promessa de campanha, que isso é você ouvir a população e não ir de encontro com ela. Essa seria a nossa primeira atitude, ouvir atentamente o povo sem usar atravessadores, que é o que atrapalha muito. O camarada chega dizendo que representa uma comunidade e já faz aqueles pedidos todos, se beneficia e a comunidade acaba por ficar aí a deriva. É ouvir o povo, olho no olho, porque se a gente vai governar para o povo, o prefeito é empregado do povo então é que ouvir eles. Por isso que eu falo que essa coisa de campanha tem que ser comprada antes, vendida antes, o camarada comprar as secretarias antes. Para chegar e dar o dinheiro ao candidato, dar o dinheiro a um e a outro e o que ganhar tem que deixar a empresa dele ganhar a licitação com duas ou três outras empresas.

É por isso que eu digo que não faço esse tipo de negócio, mas é claro que qualquer empresa, qualquer pessoa que quiser apoiar a gente recebe, mas eu não comprometo uma diretoria, uma assessoria em troca de apoio de quem quer que seja. Seja milionário, seja ele quem for, porque eu não posso vender o que não é meu. A prefeitura não é de um político, não é de um grupo partidário, a prefeitura é do povo e eu quero que esse poder volte para o povo. Eu quero escrever uma linha diferente, para que quando as pessoas forem falar mal de político parem e pensem: ‘peraí, mas eu conheço um prefeito ali que está fazendo diferença, que é diferente e dá para moralizar’.

FAROL: Você então acha que Luciano Duque fez da prefeitura de Serra Talhada um grande balcão de negócios, como você mesmo disse, vendendo secretarias?

MARQUINHOS DANTAS: Quando você vê pessoas que expuseram tanto o prefeito ao ridículo, com críticas, com chacota, com tanta coisa e de repente você pessoas com secretarias, é claro que foi uma atitude financeira. Não existe, não tem como você mudar de opinião assim de repente, o camarada que era crítico, que era contra e de repente ele está defendendo. É em troca de uma secretaria, e diga-se de passagem, paga por nós. Se o povo começar a entender que nós é que estamos pagando essas cooptações que o prefeito faz, o povo vai começar a cobrar. Eu acho que um dos exemplos está muito claro, o nosso querido Faeca, ele foi contra o prefeito e de repente Faeca muda o discurso. Eu queria ouvir esse discurso de Faeca sem ele ter secretaria: ‘Não, eu decidi apoiar’. Como em num time de futebol, o povo não vira a casaca? Estou decepcionado com o meu time, vou torcer para outro.

Tudo bem, mas de repente ele tem uma secretaria e começa a defender e começa a elogiar, até a ousar entrar em outras secretarias como defensor do governo. Isso fica muito na cara que foi uma coisa puramente comercial e econômica. Eu digo isso porque a mim em nenhum momento da campanha de 2012, nem com Carlos Evandro nem com Luciano Duque ou com quem quer que seja do grupo, eu pedi secretaria, eu negociei secretaria em troca de apoio, não. Eu fui apoiar porque uma pesquisa me dava essa condição, eu querendo participar do processo eu fiquei ali e participei.

DSC_0255

FAROL: Marquinhos, voltando às propostas. Temos visto o prefeito Luciano Duque dizendo que não dá para resolver problemas históricos de Serra Talhada em quatro anos. Entre vários problemas, será que Marquinhos Dantas em quatro anos terá condições de mudar esse discurso e resolver?

MARQUINHOS DANTAS: Eu tenho certeza que quando o prefeito diz isso, ele quer dizer que problemas históricos e antigos não se resolvem tão rapidamente, mas a gente tem que ver as circunstâncias. O que é hoje o maior problema de Serra Talhada? É o desemprego, os jovens estão aí, eu trabalho na frente da Agência do Trabalho e eu vejo as pessoas ali, jovens, pais de família. Se eu tivesse 1000 cestas básicas por dia para dar, porque todo dia eu estou recebendo pessoas que estão passando fome, pessoas que estão precisando. Então, eu tenho que ver qual é o problema naquela circunstância. Hoje, Serra Talhada precisa com urgência do Distrito Industrial, por que é que não se fala nisso? A gente não pode governar assim, o meu projeto de governo é esse aqui, mas se eu vejo que tem alguma calamidade, alguma coisa que está com uma carência maior, tenho que voltar para aquele assunto ali, tenho que priorizar aquilo ali. Eu digo a você com toda tranquilidade, sendo eu prefeito, a minha luta, a minha prioridade é o Distrito Industrial.

Veja também:   Corrida para aliança de Márcia e 'Sebá' avança com leque de nomes

Serra Talhada precisa de incentivo para que as indústrias venham para cá, eu fui vítima junto com um industrial. O prefeito doou, depois tomou, depois doou, depois tomou. Três terrenos foram doados e foram tomados e esse industrial não pode abrir essa indústria em Serra Talhada que geraria cento e poucos empregos, por conta da confusão de doação de terrenos. Eu fiz toda a articulação, o camarada veio de uma cidade próxima aqui e nos procurou por conta da amizade próxima que eu tinha com um funcionário dele e fomos até o prefeito. Ele doou o terreno próximo ao Coliseu Leilão e foi doado, e depois disse que não podia doar porque era do leilão. Depois doou um ali perto do Frinepe, perto do Vila Bela. O proprietário da fábrica foi lá, andou no terreno, gostou e depois veio ele dizer que não podia doar aquele terreno. Doou na estrada da Uast, àquela que sai direto para Triunfo, também doou e depois teve que tomar.

E o pior é que ele fez toda a planta, todo o projeto, o camarada gastou com isso, alugou casa em Serra Talhada caríssima, trouxe a família para cá e infelizmente vai ter que voltar porque essa empresa não vai funcionar. Essa empresa não vai funcionar em Serra Talhada por falta dessa agilidade na articulação. Quando você deveria estar oferecendo incentivo fiscal, deveria estar oferecendo a logística, toda a estrutura necessária. Eu não sei se foi pressão, tem um monte de coisa que eu vinha analisando, até porque o segmento que vinha para cá algumas pessoas de Serra Talhada são do mesmo segmento e apoiaram bem o prefeito, pode ser que tenha tido algo nesse sentido. Eu não vou julgar, só vou revelar o que eu sei. E é isso, estive com esse camarada da fábrica o tempo todo e infelizmente a indústria dele não pode ser instalada em Serra Talhada.

FAROL: Como Marquinhos Dantas vai lutar contra essas forças poderosas que se envolvem nas campanhas políticas em Serra Talhada?

MARQUINHOS DANTAS: É muito simples, eu costumo dizer que tudo que começa errado termina errado. Se você começa uma campanha sem a mão, entre aspas, “dos que querem mandar no prefeito”. Alguns políticos têm a história de dizer: ‘venham comigo que você tem sombra e água fresca, mas desde que você vá na minha cartilha, do jeito que eu quero’. Eu acho mais fácil de se governar quando se tem apenas o compromisso apenas com o povo, não se vai governar sozinho. Eu acho que não ter nenhum vereador aqui em Serra Talhada que vai ser contra um projeto que beneficie diretamente a coletividade, a população. Até porque hoje se existem meios de levar esse projeto, de dar publicidade para que o vereador se sensibilize nesse sentido. Eu não vejo dificuldade nenhuma, agora a campanha é que vai ser difícil, porque eu acredito que com essas ajudas que os outros terão, eles vão ter uma campanha muito grande, muito barulhenta.

A nossa campanha vai ser de porta a porta mesmo, de olho no olho, mostrando o que a gente pensa, o que a gente quer e dizendo que quem gasta R$ 10 milhões em uma campanha, se um prefeito não vai receber R$ 1 milhão em um ano de salário, ele gasta R$ 10 milhões na campanha ele vai ter que pagar esses R$ 9 milhões ou mais a quem bancou. Esse problema Serra Talhada não vai ter conosco, até porque a gente sabe que quando tem um grupo querendo entrar é para tirar o que está lá e o grupo quer entrar todo. E muitas vezes entra gente que não quer trabalhar, é só porque andou na campanha, andou na carreta, deu uma gasolina lá para uma moto, na motocada e quer um cargo lá dentro, quer uma assessoria. Então, eu não trabalho dessa maneira, por isso que para mim é muito difícil, mas tem tempo, a gente está novo e a vida está começando para nós agora.

As pessoas não dizem que a vida começa depois dos 40? Então estou com três anos de idade, estou muito novo, acredito que vou chegar, tenho certeza que isso vai acontecer no momento certo, agora trilhando o mesmo passo. Se eu desviar o passo, der um passo errado isso vai me prejudicar e é melhor eu me afastar da política. E eu acredito na política dessa maneira que penso.

DSC_0264

FAROL: Marquinhos, você não acha que está sendo subestimado pelos seus adversários, tanto da oposição quanto da ala governista?

Veja também:   Márcia entrega 1ª etapa do mercado público nesta 2ª

MARQUINHOS DANTAS: Com certeza, teve um jornal daqui de Serra que disse que eu era um sonhador. ‘Eis ai um sonhador’, e eu fiz questão de procurar o rapaz do jornal e dizê-lo que falou a mais pura verdade. Ai de mim se eu não sonhar, mas o que eles falam de mim é isso mesmo: ‘ele não vai chegar a lugar nenhum’. Eu lembro que diziam quando eu fui candidato a vereador que eu não tiraria 100 votos e nós chegamos a quase 600 votos. Quando eu fui a deputado tinham apostas na rua que eu não chegava a mil votos, e nós fomos a sete mil e poucos votos. Então, do jeito que diziam, vão dizer agora para prefeito: ‘Ah, esse aí vai ficar talvez em terceiro ou em quarto’, mas não é por isso. Não me desestimula, ao contrário, isso é um sinal que está incomodando, que a gente vem em crescimento e que essas críticas existem até porque eles veem a política da forma como eles enxergam.

Tem que ter 10 milhões, tem que comprar votos, tem que chamar os cabos eleitorais e encher a mão deles para que façam esse trabalho, para quando o candidato não pode ir, manda o cabo eleitoral na frente para abrir alas. Então eles veem o trabalho assim, eu não vejo dessa maneira, não comprarei voto de ninguém, vou mostrar o resultado da compra dos votos e é pela compra do voto que a gente está vendo como está o Brasil aí hoje. O país está tendo que pagar as empreiteiras, tudo que é nosso está sendo tirado para pagar as empreiteiras e de uma forma totalmente ilícita. Faremos uma campanha limpa, tranquila, com os pés no chão, mas sonhando porque se eu parar de sonhar não precisa mais nem viver. A vida é feita de sonhos e eu tenho certeza que eu vou ser prefeito de Serra Talhada, eu não sei se nessa de 2016, eu vou trabalhar para isso, até o fim, vou guerrear. Vou enfrentar gigantes, se Davi tivesse derrotado um anão ninguém falava nele, então vou lutar vou mostrar a minha maneira, o meu jeito. E assim, às vezes entristece algumas críticas, mas eu entendo. É a maneira como eles veem a política, com uma grandeza, com a forma que eles acham que é fazer política. Vejo de uma maneira diferente e vou continuar com a minha linha.

FAROL: Então, do ponto de vista econômico você se considera um Davi contra vários Golias. Mas do ponto de vista político?

MARQUINHOS DANTAS: Do ponto de vista econômico não dá nem para comparar, eu sei que eu tenho um deputado hoje, que é o Augusto Coutinho, vamos procurar alguns apoios políticos de deputados estaduais do partido que queiram apoiar a nossa candidatura. Mas não dá para comparar com quem está ligado ao governador do Estado, quem está com a máquina na mão. E aí você sabe que a máquina é usada dessa maneira, o camarada diz que vai votar em um candidato e aí quando alguém da máquina sabe vai lá, dá um exame, dá uma consulta, uma cirurgia e o eleitor já muda a opinião porque a necessidade o obrigou a fazer aquilo. Então, lutar contra a máquina é difícil, mas eu já lutei e eu tenho certeza que vou lutar de novo. Eu vivo disso, eu acredito nisso, está no meu sangue, é sonho e eu não vou desistir jamais.

FAROL: Estamos percebendo a imagem de Fonseca muito ligada à imagem de Sebastião Oliveira. Em outra ponta, Nena já vem acompanhando Carlos Evandro. Marquinhos não precisa de um puxador de votos também?

MARQUINHOS DANTAS: Em 2014 para mim foi o laboratório, eu chegar nas portas, eu e minha esposa com pessoas que não eram conhecidas na política, chegar com pessoas simples e ter a votação que eu tive, Serra Talhada deu um recado dizendo que há espaço para outras pessoa e não apenas os mesmos que são protagonistas sempre. Então, eu vejo que o que eu preciso é o que eu já estou tendo, a participação do povo, é uma palavra do povo, é um apoio popular, ´a sinceridade das pessoas. Eu vou com muita tranquilidade, com muita sinceridade e o nosso puxador de votos vai ser a nossa história, o nosso discurso, o que a gente vem construindo. A gente não mudou de palanque em nenhum momento, na nossa linha na política. Eu entrei em política em 92, não fui candidato, mas apoiei meu irmão, na época Augusto foi o prefeito. Foi quando eu tive um rompimento com Inocêncio Oliveira, 92, depois 96, 2000, 2004, 2008 e 2012. Em nenhuma dessas eleições eu votei em Inocêncio Oliveira e nem apoiei candidato de Inocêncio Oliveira.

Então a minha linha é essa daqui, é uma linha de oposição ao que não está certo e pretendendo fazer a coisa certa. Você vê que hoje a ética, a honestidade são até motivo de gozação para muita gente. A desonestidade está sendo vista como coisa normal e quando alguém age com desonestidade os elogios são enormes, como se fosse alguma qualidade e não é. Honestidade é obrigação do ser humano, ninguém nasceu para ser ladrão, é obrigação e a gente vai por essa linha da ética, da honestidade, da vontade de trabalhar com transparência e só vai poder governar Serra Talhada quem não leiloar a prefeitura durante a campanha. Aí ai poder fazer um trabalho, vai poder escolher secretários de nível para aquela área, especialistas para fazer um governo do povo e para o povo, que atenda as necessidades da população que é o que precisa em Serra Talhada.

Veja também:   ST dos anos 50 com 'pés' no passado e no futuro

FAROL: Na sua visão, faltou transparência na gestão de Luciano Duque nesses três anos?

MARQUINHOS DANTAS: Dizem que o portal teve um problema na internet que  não teve a transparência, eu não vou nem entrar nessa tecla aí, mas eu acho que a primeira coisa que eu vou fazer nos três primeiros meses como prefeito é jogar outdoor na rua, usar toda a mídia e prestar contas dos três primeiros meses. De três em três meses Serra Talhada vai saber o que a cidade recebeu de verbas federais, estaduais, tudo e onde foi aplicado aquele dinheiro, isso é a coisa mais simples do mundo. Até porque você fica diante da população sem culpa. É uma coisa simples de fazer, não precisa estar escondendo. Então, infelizmente, transparência é uma palavra muito usada e pouco praticada na política do Brasil. Vou fazer um portal da transparência que funcione e que tenha o acesso que seja de todos.

Às vezes o camarada não tem acesso a internet, e quero lembrar que a nossa promessa de 2012, que era internet nas praças, o prefeito abraçou a nossa ideia. A ideia foi nossa, nós colocamos isso na campanha, fizemos projeto, prometemos e colocamos. A primeira praça que tem internet em Serra Talhada é onde a gente tem a rádio, já tinha wi fi há um ano e agora terá uma amplitude maior. E esse é o papel da oposição, dizer porque não concorda e mostrar como deveria ser feito, aí a prefeitura vai e faz.

DSC_0263

FAROL: Marquinhos Dantas está preparado para administrar uma Babilônia de interesses, caso ganhe as eleições?

Tudo isso vai ser feto em relação à campanha, se na campanha você já assumir esses compromissos você vai ter que atender esse pessoal lá no governo. Não tem como fugir, porque pode vir até ameaça para quem assumir esse compromisso e não cumprir. Então, o que você vai fazer como prefeito vai depender do que você fez na campanha, chegar camarada dizendo que foi perfurados dez poços em tal comunidade e você não vai lá para saber se foram, mas tem que pagar ‘porque eu lhe apoiei’. Às vezes ele furou três e vem cobrar dez, aí o dinheiro do povo vai embora. Eu tenho tranquilidade quanto a isso porque eu não vou fechar acordos, não vou fechar negócios. Dessa agora de deputado recebi ligações de agiotas oferecendo no que eu precisasse e tudo, mas eu não precisei. Se e tiver que ganhar sacrificando a prefeitura, sacrificando alguma coisa da minha parte, sacrificando a família, sacrificando um negócio, não.

Eu sempre disse que eu estou na política, mas eu não vivo de política. Eu tenho o meu trabalho, tenho as minhas empresas e a gente vive disso. Mas na política é importante a nossa participação, então eu não vou sair da política jamais. Tenho tranquilidade, assumindo a prefeitura de Serra Talhada, para chamar todas as classes e conversar com todo mundo. O que é que Serra Talhada precisa? Nessa área aqui o que é que precisa e aí com a união de todos, sem ter sapato alto, sem ter orgulho, chamar quem já foi prefeito e pedir uma ajuda, uma colaboração. E fazer um governo que pense Serra Talhada fazendo um governo e que não exalte o nome de um ou de outro, que não seja o grupo A ou grupo B, mas que seja o grupo de Serra Talhada. O prefeito Luciano Duque, infelizmente se mostra um mau articulador e você perde um ex-prefeito que lhe apoiou com 85% de aprovação na época e perde logo no começo do mandato.

Você perde uma secretária de Saúde que foi uma das melhores de Serra Talhada e na época bem avaliada, você perde uma vice-prefeita que em muitos momentos segurou a campanha porque o prefeito, em muitos momentos, não sei se é a questão da oratória que ele não tem. Mas a nossa vice-prefeita segurou a campanha, até livrando ele, porque quando ela aparecia tirava um pouco o foco dele para não ser tão atacado. Perdeu a minha pessoa, porque na verdade mesmo não tendo nenhum cargo eu estava sempre ali, querendo, dando opiniões, às vezes contrariando ele. Mas eu me considero um bom articulador, porque você colocar uma candidatura de vice em Serra Talhada, sem você entrar com nada como eles dizem. Você tem que ter alguma coisa e se não entrar com nada, então isso foi articulação também devido eu ter sofrido o que eu sofri.

O irmão também que foi um articulador na campanha e é um grande articulador e Nena que também foi um articulador, que trabalhou, apoiou e perdeu agora. Então, ele (o prefeito) não se mostra um bom articulador, ele não segura. Infelizmente ele tem cooptado as pessoas com o dinheiro da gente, com o dinheiro da prefeitura. Aí é fácil você fazer, isso não é articulação, isso é um cabide de empregos que você está dando temporariamente, até chegar a época da eleição e cada um partir para o lado que quiser, porque isso deve acontecer agora no mês de abril.

DSC_0248