Formada em Educação Física, Serviço Social e natural de Recife, a nova Secretária de Esportes de Serra Talhada foi uma das primeiras a experimentar o fogo da crítica popular. Nessa breve entrevista ao FAROL, Edvânia Cavalcante garante que possui experiência – além de formação – para assumir a pasta. E vai usufruir de seus conhecimentos na área social para – através do esporte – tirar crianças do convívio das drogas. Ela reside em Serra Talhada há 23 anos, prestou serviços nas áreas de saúde e social no governo Carlos Evandro e foi diretora do Hospam. Confira a conversa!

FAROL DE NOTICIAS – Quando foi anunciado o seu nome para a pasta de esportes, surgiram algumas críticas. Há quem diga que a senhora não teria muita ligação e identidade com a área de esportes em Serra Talhada, como a senhora recebe essas avaliações negativas?

Edvânia Cavalcante– Veja só. Primeiro, vocês sabem que eu não sou daqui, sou de Recife. Eu resido em Serra Talhada há 23 anos. Quem me conhece de um tempo mais atrás, sabe que eu era envolvida com esportes, sim, porque estudei numa universidade em Recife, a Fesp, onde tive oportunidade de trabalhar nas comunidades do Recife, com Esporte para Todos. E tive ainda a experiência de trabalhar no projeto pioneiro Academia das Cidades do Recife, que começou no Parque da Jaqueira. Então já tenho toda essa vivência de comunidade. Só que em Serra Talhada, iniciei na área da saúde, como a maioria conhece e depois me adaptei também ao meio social, e por isso busquei formação em Serviço Social, mas isso não quer dizer que não tenha todo o conhecimento de esportes. Porque já tenho essa bagagem lá atrás. Eu ainda atuo como professora da parte de natação e hidroginástica. Fui atleta de handball, joguei pelo colégio Marista, dentro da faculdade fui atleta de atletismo…

FN – Então a senhora defende que tem identidade com o meio esportivo após essas experiências…

EC – Eu sempre tive essa vivência. Tenho toda essa história dentro da minha vida. E acho que isso (as críticas) não vem ao caso hoje, certo?

FN – Então você pretende unir o esporte ao social?

EC – Tenho agora primeiro que conhecer o município e tomar uma visão. Saber das prioridades que temos para alavancar a parte esportiva. Já que tenho um social bem trabalhado, por que não unir o esporte à parte social? É isso que estamos precisando hoje: é qualidade de vida. É tirar a garotada das ruas, inserir numa pelada, no handball, no voleibol, resgatar nossos torneios, nossas escolinhas de qualquer esporte. Incentivar o lazer nas praças… E pra isso que eu e Vinícius (Feitosa, secretário executivo) assumimos. Vamos tentar dar uma cara diferente ao esporte de nossa cidade, sabemos que o caminho está cheio de pedras, mas vamos tentar passar por ele e tentar chegar numa coisa mais suave, onde a gente possa falar de esporte com prazer, e tentar ajudar principalmente crianças e jovens que estão envolvidas com o tráfico de drogas.