Fotos: Wellington Júnior, especial para o Farol

Publicado às 05h12 desta terça-feira (5) Informe Especial Publicitário

A Escola Literato, referência em ensino de qualidade em Serra Talhada, gerida pelo professor Eduardo Bruno Martins dos Santos, encerrou o ano letivo de 2020 com muita positividade, uma vez que não só se reinventou para manter as aulas no formato híbrido, nesse contexto pandêmico, como também por ter recebido o prêmio da 5º Feira de Ciências e Mostra Científica do Sertão do Pajeú, na UAST.  A escola ainda irá iniciar 2021 com duas grandes novidades, a implementação do Ensino Fundamental I e aulas de judô, através de uma parceria de sucesso com a Associação Jonatha Brandão.

NOVA MODALIDADE DE ENSINO

A Literato avançou abrindo uma nova modalidade de ensino, o Fundamental I, do 1º ao 5º ano, tanto no turno da manhã quanto a tarde, com valores acessíveis e seleção para coordenação e professores para escolherem a melhor equipe possível para compor o quadro. O corpo docente é formado por 10 profissionais qualificados. A escola abriu 250 vagas e já está com 70% preenchidas. As matrículas estão abertas até dia 10 de janeiro.

A coordenadora do Ensino Fundamental I, Edivânia Gonçalves Patriota, graduada em Matemática, pós-graduada em Ensino de Matemática, Pós-Graduação em Gestão e Coordenação de Projetos Pedagógicos e está concluindo 2ª Licenciatura em Pedagogia, falou um pouco sobre o projeto da nova modalidade de ensino da Literato, incluindo princípio teórico, metodologia e material didático.

”Os materiais que vamos utilizar são muito bons, muito interessantes e bem adaptados ao contexto atual que vive a Escola. A editora adotada em 2021 é a OPET com segmento de trabalho na linha de ensino do GGE, material de uso do Ensino Fundamental II. O princípio teórico que a gente trabalha está todo organizado e adaptado a tríade: educação, currículo e sociedade.” Edivânia acrescenta ainda:

”O cenário pandêmico exige da equipe escolar várias maneiras de promover o ensino, uma delas que dão muito certo no ensino fundamental II é o ensino híbrido. Estamos adaptando o mesmo método para o ensino fundamental I, mas atendendo algumas particularidades que exige a faixa etária.’’

DIFERENCIAL PARA 2021

Em se tratando de formação docente para o novo quadro de professores, Edivânia revelou que este aspecto é o diferencial de trabalho em 2021, pois a formação sairá da estrutura tradicional para focar no ritmo efetivo das metodologias ativas, apresentando o conteúdo com dinâmica, musicalização e caráter mais recreativo. Segundo a coordenadora, Empreendedorismo, Educação Financeira e Raciocínio Lógico irão compor o currículo das crianças em 2021. A escola pode e deve auxiliar as crianças a compreenderem o novo cenário organizacional do seu país, estado e cidade a partir do currículo.

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IMPLANTAÇÃO DE JUDÔ

Apoiando o esporte na cidade, a Escola Literato irá promover a judoca Raíssa Marques, 14 anos, uma atleta que faz parte da seleção brasileira de judô ocupando a 8ª posição no ranking nacional. Através de uma parceria com a Associação Jonatha Brandão, será implantado o esporte na escola a partir de 2021 como uma disciplina eletiva, não obrigatória.

”Estamos trazendo o técnico Jonatha Brandão para ministrar o judô na escola. Raíssa ganhou uma bolsa de 100%, com material, fardamento, tudo por conta da escola para o ano de 2021 e para ela terminar o Ensino Médio aqui na escola. Assim, poderá organizar melhor os estudos e treinos dentro da própria escola sem deixar a desejar, ” disse o gestor da escola.

O treinador de Raíssa vai ministrar o judô tanto para alunos da própria escola quanto para alunos de fora. Jonatha é natural de Recife, professor de judô há 12 anos, e há 4 vêm treinando alunos em Serra Talhada.

”Bruno e eu estávamos sempre em contato e agora ele abraçou a gente, disponibilizando bolsas para atletas da rede pública de ensino de Serra e essa parceria é bem legal para ambos, já considero uma parceria de sucesso. Vai melhorar o foco tanto da escola quando do judô, um agregar ao outro e vai ser melhor para os alunos porque as crianças vão ter oportunidade de treinar na escola e agregar valor aos estudos e, ano que vem, poder representar a escola nos jogos escolares de Pernambuco,” vibrou o treinador.

COM AULAS HÍBRIDAS

O coordenador do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio da escola, Paulo Donato, 43 anos, Geólogo, Assistente Social e Pedagogo, pós-graduado em Ensino Superior e Psicopedagogia Institucional, revelou ao Farol que, apesar de 2020 ter sido um ano atípico para todos, trouxe muitas experiências positivas porque saíram de uma realidade educacional de 500 anos engessados e passam para essa modalidade híbrida com a metodologia ativa, mesmo diante das dificuldades.

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”A Escola Literato se destacou por ter se doado ao máximo. A gente fez um trabalho grandioso, humanizado, respeitando a situação e os cuidados e chegamos ao final do ano letivo com basicamente 99% de aprovação. Os alunos que tiveram dificuldades e não fecharam o ano, foram 2 ou 3, terão uma oportunidade através de um resgate ativo, a partir da 1º semana de janeiro, para encerremos o ano letivo com 100% de aprovação, ” finalizou o coordenador.

PREMIADA EM FEIRA DE CIÊNCIAS

Através de um projeto de robótica da escola, 3 alunas ganharam o prêmio da 5º Feira de Ciências e Mostra Científica do Sertão do Pajeú, realizada na UAST no período de 21 a 23 de outubro e irão participar da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), em março de 2021, uma feira a nível nacional que acontece na USP. Ganharam o prêmio com projeto de robótica intitulado ”Sistema Musical Adaptado para Deficientes Visuais”, trata-se de um piano adaptado para portadores de deficiência visual.

O projeto foi apresentado pelas alunas do 9º ano: Esther Lelis, 14 anos, Ívyna Marília, 13 anos e Ana Carolyne, 15 anos, acompanhadas pelo professor orientador Flávio Jean, professor de Química da escola. A escola vai premiá-las com um kit escolar para 2021, o kit do GGE que custa em torno de R$ 1.200 material escolar suficiente para todo o ano letivo.

Flávio Jean, professor de Química que acompanhou as alunas durante a Feira de Ciências, revelou que a experiência foi bem positiva tendo em vista que concorrem com outros grandes trabalhos dentro de uma universidade muito bem-conceituada como a UAST e pensam em ampliar o projeto para contemplar outros públicos.

”Eu sempre passo para meus alunos o incentivo à pesquisa, mostrar que independentemente da idade e da série que estão, eles são grandes pesquisadores. O mérito é todo delas porque foram atrás da pesquisa, desenvolveram o trabalho e tiveram êxito. Vamos apresentar esse trabalho na FEBRACE e queremos adaptar e melhorar, pensamos em ir além das pessoas com deficiência visual e levar a outro público também,” revelou o professor Flávio.

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Esther Lelis explicou um pouco sobre o projeto e como o equipamento funciona: ”desenvolvemos uma programação na plataforma S4A, junto com o professor Alex. Essa programação é ligada ao arduino, uma placa onde a gente utiliza as bananas que ligam os sons, cada banana toca uma nota musical. A gente desenvolveu com dois tipos de sistema braile, é simples, em 3 bananas colocamos com as bolinhas e em 3 colocamos formas geométricas para aqueles que não dominam braile para eles associarem as formas com as notas musicais, quando toca na banana emite os sons.”

A aluna, Ívyna Marília, explicou a reportagem do Farol que o objetivo do projeto é: ”incluir portadores de deficiências visuais a sistemas que não têm acesso, tendo em vista tantos benefícios tais como os físicos e mentais e também a melhora na coordenação motora e da memória, aspectos extremamente necessários para o melhoramento da visão.”

A reportagem do Farol de Notícias também conversou com Alex Oliveira, professor de robótica da escola há 2 anos, que colaborou na programação do projeto. Ele informou que as aulas têm estimulado os alunos a interagirem mais com a área, inclusive na criação de jogos, programas e aplicativos.

”A tecnologia em si está numa crescente muito grande, com a robótica não é diferente, tudo hoje é automatizado. A gente utiliza um programa chamado S4A, de fácil programação, para nossas aulas e os alunos, do 6º ao 9º ano, têm interagido muito com a gente. Ensinamos a criar jogos, programas e aplicativos junto com os alunos,” explicou o professor Alex.

SERVIÇO

Endereço: Rua Antônio Alves de Oliveira, nº 20, AABB, próximo a Academia das Cidades da AABB.

Telefones (87) 3831-4345 (87) 9 9993-6855

Instagram: @literatoescola

Matriculas: presencial a partir do dia 5 de janeiro das 07h às 17h.