Publicado às 10h38 desta quinta-feira (4)

Por Dr. Leandro Lucena, professor de Estatística da UFRPE-UAST

Ontem (3), o Brasil registrou 71.704 novos casos da COVID-19, chegando aos incríveis 10.718.630 casos acumulados. O país registra ainda 259.271 óbitos, só ontem foram registrados 1.910 novos óbitos o que leva a uma média móvel de 1.840 óbitos durante 14 dias.

O estado de Pernambuco não fica atrás, na noite de ontem (3) foram contabilizados mais 1.613 novos casos levando aos 303.047 casos acumulados. Pernambuco registrou 38 novos óbitos e contabiliza agora 11.068 óbitos.

A taxa de ocupação dos leitos no estado é de 86% na rede pública, sendo 92% dos leitos das UTIs ocupadas e 79% dos leitos de enfermaria ocupadas. Na rede privada, a taxa de ocupação de vagas para Covid chegou a 71%. Onde 87% dos leitos das UTIS estão ocupados e nas enfermarias 47% dos leitos estão ocupados.

O município de Serra Talhada apresentou nesta semana 88 novos casos da COVID-19, chegando aos 7.050 casos acumulados. O número de óbitos está crescendo, nesta semana já foram registrados 3 óbitos, levando aos 99 óbitos acumulados e uma mortalidade de 12 pessoas para cada mil habitantes e uma letalidade de 1,4%.

No mês de fevereiro, já foram registrados 506 casos da COVID-19 (Figura 1) e 6 óbitos, neste mês de março já foram registrados 88 casos (17,4% do total de fevereiro) e três óbitos (50% do total de fevereiro).

O município de Serra Talhada que vinha apresentando redução no número de casos diários e óbitos começam a dar sinais de crescimento novamente. O município chegou a registrar em 19 de fevereiro de 2021 média móvel de 9,9 casos diários, menor média desde 02/11/2020 quando registrou 4,1 casos diários, hoje (4) o município apresenta média móvel de 20,6 novos casos diários, indicando aumento no número de casos em +94,3%, já que a média móvel de 14 dias atrás era de 10,6 casos (Figura 2).

O cenário exposto acima é reflexo de vários fatores como: período de eleição em setembro de 2020; festas de finais de ano; férias de janeiro e carnaval em fevereiro, tudo isso somado a falta de vacina e a flexibilização de todas as medidas restritivas. Somado todos este fatores, o Brasil pode chegar a um cenário de GUERRA caso não seja feito nada para conter o avanço da COVID-19.