Publicado às 06h desta segunda-feira (18)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

Pronto. Prego batido e ponta virada. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), finalmente liberou as vacinas Coronavac e a AstraZeneca, na primeira ação efetiva no combate ao novo coronavírus. Quase 60 países já partiram na frente do Brasil neste quesito, e nós, até agora, só estamos contando os mortos: quase 210 mil brasileiros dizimados pelo vírus.

Mas poderia ser diferente? Poderia! Se não tivéssemos um presidente da República negacionista, irresponsável e de perfil genocida, não estávamos na dianteira mundial em mortes e infectados. Mais de 8 milhões. Bolsonaro brincou enquanto todos estavam apavorados. “É uma gripezinha”. “Não sou coveiro” “Sou atleta”, e por último, quem tomar a vacina chinesa (Coronavac) vai virar ‘jacaré’. Palavras soltas em meio a tanta dor.

Veja também:   Vereador diz que Márcia só quer usar Sebastião por Marília

Mas, por ironia do destino, a Coronavac, tão hostilizada pelo presidente fascista, chega para salvar o Brasil. Além de outras que estão por chegar. Sugiro aos bolsonaristas, que por coerência, não se vacinem. Ou fiquem no ‘rabo da fila’. Quando chegar a minha vez, quero virar jacaré. Sem plano e sem planejamento, o governo brasileiro teve na coronavac a ‘tábua de salvação’. Logo dos comunistas chineses. Quem diria. Lembrando que o oxigênio da Venezuela, também hostilizada pelo genocida, chega esta semana para ajudar a salvar vidas no Amazonas.

Quero virar jacaré, não tenho dúvidas. Pior, é viver alimentando preconceitos e colocando o País no ‘muro da vergonha’ do mundo. Que vergonha! Bem alertou o médico Dimas Covas, do Instituto Butantan: ‘O ministro Pazuello é um soldado, que é treinado para matar. Eu, sou médico, treinado para salvar vidas”. Resume o perfil de Bolsonaro e seus robôs seguidores.