Publicado ás 07h20 deste sábado (21)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

Serra Talhada recebeu nessa sexta-feira (20) as visitas do pré-candidato ao governo de Pernambuco, Anderson Fererira, e do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado. A dupla concedeu entrevistas a uma emissora de rádio local, visitou o Museu do Cangaço, conversou com empresários bolsonaristas, e encerrou o trabalho numa palestra para militantes no Hotel São Cristóvão.

Farol participou de uma coletiva de imprensa em um hotel da cidade, cuja matéria encontra-se no site, mas fiquei espantado com a desenvoltura do Gilson Machado, pré-candidato ao Senado Federal. O Ferreira é mais centrado e lança argumentos para sustentar suas teorias, mas o Machado mais parece um ‘bobo da corte’. Em Serra Talhada, com uma sanfona de lado, o ex-ministro criou dezenas de factoides para alimentar sua devoção pelo Jair Bolsonaro. Senão vejamos:

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“Conheça o que o presidente Bolsonaro fez, a senhora está com a vacina no braço e vai pular São João com Assisão, a senhora tem Bolsonaro em sua vida. Ninguém lhe tira mais nunca, foi Bolsonaro que comprou e mandou para todo o Brasil, não só para Pernambuco”, sapecou Gilson Machado, durante entrevista a repórter Manu Silva. Puro factoide. O Brasil amarga quase 700 mil mortes por Covid-19 porque o ‘Bozo’ pregou que era apenas uma ‘gripezinha’, e ele era um atleta Resistiu à compra de vacinas até o fim. Deu mal exemplo com as máscaras, e foi a CPI da Covid que ‘melou’ o esquema ‘um dólar por vacina’. A compra de vacinas veio tarde e com má vontade, porque o presidente afirmava que quem tomasse se transformaria em jacaré.

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“Se a senhora usa o pix, tem Bolsonaro em sua vida. O pix tirou mais de R$ 20 bilhões das mãos dos banqueiros da Avenida Paulista e o povão tem acesso a uma transação bancária sem pagar taxa”, outro factoide de Machado, durante entrevista ao Farol. O Pix foi gestado no governo Temer e não tirou ninguém da linha de pobreza. O ex-ministro só não tentou explicar os quase 12 milhões de desempregados, inflação galopante, destruição do meio ambiente, desmonte da cultura, e por ai vai. É melhor ele ficar tocando sanfona.