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Fotos: Farol de Notícias / Alejandro Garcia

Com exclusividade, o FAROL DE NOTÍCIAS conversou com Wiraktan, vítima de um atentado ocorrido no final da manhã desta quinta-feira (22), no Centro de Serra Talhada. Nesta entrevista, o comerciante, que é pai de três filhas, pediu para não ser fotografado e para omitir o seu sobrenome, mas deu detalhes de como aconteceu o crime. Além disso, ele cobra mais segurança nas ruas da cidade e também busca respostas da polícia sobre a investigação do assassinato do irmão Wbiratan, ocorrido na noite do dia 22 de julho, no Ipsep. Confira!

ENTREVISTA – WIRAKTAN

Por Manu Silva (Do Farol)

FAROL: O senhor poderia relatar o que aconteceu?

WIRAKITAN: O que aconteceu foi que eu estava em casa e fui pegar minhas meninas na escola e fui pela São Vicente para fazer o retorno e poder vir para casa, quando eu cheguei em frente à Procuradoria Federal e a clínica de saúde dra. Vânia eu parei no sinal e vi os cidadãos por trás do carro, em um carro prata tipo Gol, ou Celta ou Polo um deles. Desceram do carro com as pistolas e quando eu vi a máscara, puxei o carro e eles ficaram atirando.

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FAROL: O que o senhor fez?

WIRAKITAN: Foram vários tiros, mais de 10 ou 20 tiros, não sei. Bateram vários no carro e eu com três crianças pequenas, uma de 4, uma de 7 e outra de 11 anos e corri diretamente para o hospital, porque fiquei com medo de alguma pessoa ter se machucado.

FAROL: Que horas aconteceu o atentado? Conseguiu identificar alguma característica dos atiradores?

WIRAKITAN: Isso foi entre 11h30 às 11h50 mais ou menos, eu desci em direção ao Cornélio Soares porque ficava mais rápido para fazer a volta, caso eles viessem me seguindo atrás e segui direto para o hospital. Duas pessoas de imediato eu vi, mas tinham mais. Saíram do carro encapuzados, de camisa azul e calça jeans, duas pessoas no mínimo eu vi.

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FAROL: O que senhor sentiu no momento?

WIRAKITAN: Eu não senti nada, fiquei só preocupado com as minhas filhas, três crianças. A situação de Serra Talhada é muito crítica, mataram meu irmão e ninguém fez nada.

FAROL: Então, o senhor quer mais segurança…

WIRAKITAN: A polícia não faz nada, não vejo ninguém agir, até hoje ninguém foi chamado para ser ouvido ou ser nada, não aconteceu nada. Estamos sem proteção em Serra Talhada a mercê da população com tanto bandido aqui.  Serra Talhada com vinte e tantos assassinos e ninguém faz nada. Elas (filhas) estão bem, mas se não tivesse? Cadê a polícia? Cadê a segurança da cidade? Por que a polícia não faz nada? Por que não vem alguma coisa para desvendar o que é que está acontecendo e de onde vem? Por que tanto mistério? E aquela história que existia uma lista de pessoas para morrer? Ninguém fala mais nada disso!

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FAROL: Como o senhor acha que esse caso poderá ser resolvido?

WIRAKITAN: Eu creio que na Procuradoria Geral daqui deve ter câmeras, como tem na São Vicente, como tem na clínica e eu espero que as autoridades façam alguma coisa de imediato, porque a gente não aguenta mais. Não só eu, mas quantos cidadãos já morreram aqui e ninguém faz nada. Ninguém faz nada? A gente quer justiça, quer que faça alguma coisa.

“A polícia não faz nada, não vejo ninguém agir, até hoje ninguém foi chamado para ser ouvido ou ser nada, não aconteceu nada”, desabafou Wirakitan.

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