Publicado às 03h48 desta segunda-feira (13)

Nesse domingo (12) familiares da professora Marali Cavalcanti, que morreu num acidente de trânsito na BR-232, em Serra Talhada, na última quinta-feira (9), enviou à redação do Farol uma nota em que cobra das autoridades competentes punição para o motorista Aldo Antonio. Ele guiava um veículo Siena, quando colidiu na motocicleta de Marali, que foi arremessada para o acostamento. O motorista estava completamente embriagado, mas recusou o teste de bafômetro.

Nesta nota, a família traz detalhes impressionantes sobre o acidente, e lamenta a liberação do causador de tudo, após o pagamento de fiança de dois salários mínimos.

NOTA – FAMILIARES DE MARALI

Em nome de todos os familiares de Marali Olímpia Cavalcanti Lima, conhecida por Tia Mara, professora brutalmente assassinada em um acidente de trânsito, pois entendemos que o motorista do veículo envolvido no acidente, o senhor Aldo Antônio dos Santos, de 43 anos, assumiu o risco de matar ao dirigir o veículo embriagado, colocando sua própria família em perigo e matando uma filha, uma profissional e uma mãe de dois filhos que precisavam dela, sendo que um dos filhos necessita de cuidados especiais por ser autista. Sua mãe, uma senhora de 68 anos que também dependia de seus cuidados, pois a mesma tem problemas cardíacos, e agora luta contra a dor de perder dois filhos em tragédias.

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Marali era responsável e cuidadosa, estava de capacete e pilotava no limite de velocidade. Lamentavelmente, um motorista irresponsável tirou Marali de nós e ele precisa ser responsabilizado por sua ação que provocou essa tragédia. Como pode ele está em liberdade? Como pode um juiz colocar um assassino em liberdade alegando que não ouve provas suficientes para mantê-lo preso, só porque ele se negou a fazer o teste do bafômetro? quando visivelmente ele estava embriagado, a sua esposa confessou no Hospam a uma enfermeira amiga que ele, Aldo Antônio dos Santos, tinha bebido o dia inteiro, e o laudo do Hospam comprovou o fato. O assassino Aldo Antônio dos Santos foi posto em liberdade pagando o valor de dois salários mínimos.

Quanto vale para vocês serra-talhadenses a vida da sua mãe, da sua filha, do seu familiar querido? Até quando vamos ter que assistir famílias serem destruídas e ficar por isso mesmo. As leis brasileiras tem que ser revistas, os homens que colocam uma toga e decidem em nome da justiça precisam compreender que nesses casos se precisa de um olhar mais criterioso, porque o que não faltou foi provas pra mantê-lo detido até o julgamento. Temos consciência que nada paga sua vida, nada a trará de volta para nós, mas acreditamos na justiça de Deus, pai todo poderoso, que não nos deixará desamparados nesse momento tão difícil.

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Muitos rumores maldosos estão sendo falados nas redes sociais e na cidade. Informações distorcidas e que só machucam a família e maculam a memória de nossa amada Marali. Ela se preparava para o São João do Colégio Francisco Mendes onde trabalhava, no sábado iria realizar o sonho de voltar a dançar na quadrilha junina Sem Limite, trabalhava como recreadora na Tindolelê animando festas e trazendo alegria para todos. Estava fazendo pós-graduação e dedicava todo o seu tempo em cuidar de seus filhos, dois adolescentes que ficaram sem mãe.

Estamos buscando também a justiça dos homens, acionamos o advogado da família para nos orientar e acompanhar o inquérito policial. Gostaríamos de contar com o apoio da força policial para que atente aos detalhes desse caso, tivemos até o momento o conhecimento que não foi realizada nenhuma perícia no local do acidente. Mas câmeras de segurança das lojas ao redor flagraram o momento da colisão, quando ele acertou ela de frente, arremessou seu corpo e passou por cima da moto. Marali ficou irreconhecível, teve traumatismo craniano, várias fraturas expostas por diversas partes do corpo, ficou irreconhecível. O Samu fez tudo o que pode, o Hospam fez mais do que é comum fazer, muitos profissionais conhecidos se empenharam em tentar salva-la, mas não tinha como salvar. Ele a matou.

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Pedimos também o apoio da população serra-talhadense, seus amigos, colegas de trabalho, conhecidos e pessoas de coração que se sensibilizem com essa causa, nos ajudem a cobrar da Polícia Civil, da Justiça local que entenda a dor e a gravidade do acidente. Queremos fazer justiça por Marali.

#justicapormarali