Residência de Maria das Dores (centro) e calçada onde ocorreu o acidente fatal

A família da dona de casa Maria das Dores da Silva, 69 anos, que foi brutalmente atropelada por uma condutora embriagada no último domingo (12) no bairro São Cristóvão, em Serra Talhada [relembre o caso], reagiu à decisão da Justiça que nessa segunda-feira (13), durante audiência de custódia no Fórum local, decidiu que a imputada responderá por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A decisão da Justiça foi de encontro ao pedido de prisão preventiva do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Nesta terça-feira (14), a reportagem do FAROL conversou com os familiares de dona Maria das Dores, que asseguram que irão reagir à decisão da Justiça.

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“A gente recebe (a decisão) com grande decepção, a família toda está transtornada. Além de perder uma mãe de família muito carinhosa, a gente pelo menos queria a punição exemplar, porque beber e dirigir é crime. Para mim hoje um dos mais brutais, é um desrespeito que você comete com as outras pessoas”, desabafou o servidor público federal, Fábio de Lucena, 35 anos, genro da vítima.

Segundo ele, a família pretende contratar advogados para que a mulher identificada apenas como Ivanice, seja responsabilizada criminalmente. “Eu estava conversando com minha esposa e as irmãs dela e elas pretendem sim contratar um assistente de acusação para acompanhar o caso e queremos que seja feita muita Justiça. A decisão que foi dada ontem não reflete um quadro de Justiça”, resumiu.

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DOR DA FILHA MAIS VELHA

O FAROL também conversou com a filha mais velha de Maria das Dores, Jucileide Silva, que veio de São Paulo apenas para sepultar a mãe. Revoltada, ela cobrou uma posição firme da Justiça com relação ao caso.

“Eu quero justiça pela minha mãe, porque ela (a motorista) não só acabou a vida, ela destruiu a vida de toda a família. Ela tirou uma pessoa muito carinhosa, uma mãe e tanto nossa. Ela acabou com a cabeça da minha família, que era a minha mãe. Então, eu quero justiça, se ela ficar livre vai poder fazer com qualquer pessoa e fica aí dando risada, como disseram que ela ficou debochando”, declarou, arrematando:

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“Eu não aceito, eu não vim porque estava em São Paulo e cheguei na noite passada. É uma coisa dura a gente chegar em casa e encontrar sua mãe dentro de um caixão, eu não aceito. Eu quero e vou lutar pela justiça”.