Família de ST diz que trote impediu solidariedade

Publicado às 04h47 desta terça-feira (15)

Uma família que recorreu ao Farol, na primeira semana de junho em busca de alimentação após relatarem que tinha fome, além de outra série de necessidades, (relembre aqui) recebeu ajuda e conseguiu cestas básicas, religar a água que estava cortada há 6 meses e agradeceu o apoio de todos que ajudaram, porém, pede mais reflexão por parte da sociedade devido terem sido vítima de trote prometendo ajuda que nunca chegou.

Daiane Cristina Laurindo Campos, 30 anos,  que mora com a mãe filha Maria Laurindo Campos, 50 anos, e irmãos menores e duas filhas também menores, informou ao Farol as ajudas que conseguiram, porém, lamentou 3 ligações que recebeu, que ao invés de ajudar evitou que outras pessoas pudessem contribuir, pois, essas pessoas que ligaram disseram que iriam até à casa da família levar uma contribuição, porém não foram, fato que fez com que a família não conseguisse meios para trocar o botij]ao de gás.

”As pessoas precisam refletir porque quando vamos atrás de ajuda é porque realmente precisamos. Uma coisa é querer ajudar e outra é passar trote. Conseguimos parcelar a água e religar, conseguimos também algumas cestas básicas, mas ficamos sem o bujão devido alguns trotes, pois 3 pessoas ligaram dizendo iam vir trazer uma ajuda para o bujão, esperamos e descartamos outras ajudas porque certo é certo. Até quem ajudou com água ligou perguntando se a gente conseguiu ajuda com o bujão, e nós não queríamos ficar se aproveitando de ninguém. Como 3 pessoas já tinham ligado, a gente confiou e perdemos as outras ajudas. O certo é certo se a gente tivesse recebido de todo mundo a gente estaria se aproveitando”, disse continuando:

”Isso não é coisa que se faça, de alguma forma, eu vi esses trotes como uma zombaria e devido alguns comentários que vi de pessoas xingando, dizendo que a melhor forma que acham para sobreviver é pedindo porque sabem que as pessoas vão ajudar e outras coisas como essas. Mas, diante de tudo nos sentimos gratos, apesar dessa brincadeira de mal gosto, que deve ser de quem nunca passou necessidade na vida. Mesmo assim, estamos gratos porque conseguimos cestas básicas, conseguimos 6 radiografias que a minha filha precisava, através de ajuda de pessoas que trabalham na área da saúde e religamos nossa água. Agradecemos a todas as pessoas que se sensibilizaram e ajudaram a gente”, finalizou.