Foto: Farol de Notícias/Josi Souza

Publicado às 10h15 desta quinta-feira (19)

O pátio da Feira Livre de Serra Telhada, localizado na Lagoa Maria Timóteo, sempre que chove, mesmo que não seja em época de enchentes, fica alagado. Fato este que acaba gerando caos para os feirantes que todos os dias buscam o sustento da família no espaço.

Nessa terça-feira (17), a lagoa foi inundada mais uma vez, deixando os feirantes em maus lençóis, sobretudo os do segmento verdureiro. Em conversa o Farol de Notícias, vendedores dizem que não tiveram maiores prejuízos porque passaram a noite retirando a mercadoria antes que perdessem tudo.

“Não tivemos prejuízos porque corremos a tempo e retiramos tudo, mas merecemos mais que isso. Deveria ter um canal com capacidade para a água descer. Aqui fizeram apenas o calçamento, sem nenhum tipo de canal ou desvio, por isso á água fica empossada”, desabafou Ivanildo Bernardino da Silva, 50 anos, que comercializa no local há mais de 20 anos.

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Segundo ele, a prefeitura ajudou disponibilizando os prejudicados para uma quadra esportiva, mas não deu muito certo. “Nem cabia todos e, nós que trabalhamos com verdura temos que vender a mercadoria  Lá ninguém iria comprar”, reforçou.

COBRANÇA DE TAXA

O feirante José João, conhecido com Zezinho, 49 anos, trabalha no ramo há 24 anos, está no Pátio da Feira desde quando a feira foi mudada para a lagoa nos anos 2000, expressou sua indignação com a situação, que não é nada nova. Desde do início, vez ou outra passam por isso e nada é feito.

“A situação aqui é imunda para nós, temos que trabalhar com os pés na lama, sentindo o mau cheiro. Só basta uma chuvinha para ficarmos nessa situação. Isso prejudica a saúde e as verduras da gente, porque o consumidor não quer vir para esse lameiro. A prefeitura precisa fazer os canais para isso não ficar acontecendo. Fazer os canais nunca se interessaram em fazer, mas as taxas são sempre cobradas”, disse o feirante, acrescentando:

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“Fiquei indignado com o que aconteceu. Quando eu cheguei os fiscais da prefeitura estavam cobrando as taxas dos rapazes dos caminhões. Isso é uma falta de vergonha, de respeito com a gente. Os homens trabalhando dentro da água e da lama, aos invés de terem vindo para ajudarem e mudarem eles para um local que não estivesse alagado, vieram foi cobrar”.